O Goethe-Institut São Paulo, com o apoio da Fundação Memorial da América Latina, convida para a palestra:
Os fatores de sucesso de uma premiada biblioteca alemã: a Biblioteca Pública de Biberach
Abrigada em um edifício do ano de 1515, a biblioteca pública da pequena cidade de Biberach é uma campeã de prêmios e tornou-se um modelo em toda a Alemanha pela excelência de seus serviços. Recebeu o prestigioso prêmio "Biblioteca do Ano" em 2009 e há 8 anos, a biblioteca está continuamente em primeiro lugar no ranking de bibliotecas da Alemanha, na comparação com cidades de 30.000 a 50.000 habitantes.
O que faz uma biblioteca ser tão bem sucedida? Qualidade e inovação, tecnologia de ponta, marketing, sustentabilidade e parcerias internacionais são alguns dos fatores que Frank Raumel, diretor da Biblioteca, nos descreve para se alcançar a excelência e o reconhecimento geral.
Palestrante: Frank Raumel, bibliotecário, diretor da biblioteca pública de Biberach
Data: 11 de setembro de 2012 – 3ª feira - das 19:00 às 21:00 h
(A partir das 18h30 será servido um café)
Local: Fundação Memorial da América Latina
Auditório da Biblioteca Latino-Americana Victor Civita
Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 – São Paulo - SP
Entrada Portão 6
Estacionamento no local
Estação Barra Funda do metrô
Entrada livre – vagas limitadas
Tradução simultânea do alemão
Inscrição gratuita antecipada através do e-mail: biblioteca@saopaulo.goethe.org ou telefone: (11) 3296-7001/3296-7051
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Palestra - Os fatores de sucesso de uma premiada biblioteca alemã: a Biblioteca Pública de Biberach
Postado por crb8saopaulo às 11:09 0 comentários
Bienal Internacional do Livro
Bibliotecário não paga ingresso, mas tem que fazer cadastro antecipado para Bienal Internacional do Livro no site: http://www.bienaldolivrosp.com.br/
Postado por crb8saopaulo às 07:31 0 comentários
FAINC oferece curso de pós-graduação Planejamento e Gerenciamento de Sistemas de Informação
Ex-alunos têm 50% de desconto
Mais em www.posfainc.com.br ou tel. (11) 4433-7477
Postado por crb8saopaulo às 07:30 0 comentários
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
SINBIESP NA 22ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO
http://tr.delivery.whservidor.com/index.dma/DmaPreview?11775,19,398,c584c838ed0521e3f20b373220d2fac9
Postado por crb8saopaulo às 07:25 0 comentários
Oficina "Redescobrindo as Bibliotecas" por Moreno Barros na Mário de Andrade
Se você tem opiniões diversas se tratando de Bibliotecas e gostaria de compartilhá-las ou discutilas não perca o evento gratuito que ocorrerá dia 11 de agosto (sábado), das 10h às 14h, no auditório da Biblioteca São Paulo (BSP). A oficina com o tema "Redescobrindo as Bibliotecas" será ministrada pelo blogueiro Moreno Barros, que alimenta juntamente com outras pessoas, o blog Bibliotecários sem Fronteiras.
Para mais informações acesse o endereço: www.bsf.org.br
Fonte: REVISTA 3MAIS Edição Agosto 2012
Postado por crb8saopaulo às 07:17 0 comentários
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Encontro com David Toscana
David Toscana, autor mexicano do famoso livro “O Último Leitor”, que conta a história de um bibliotecário, estará no Brasil dia 11 de agosto para uma boa conversa no Memorial da América Latina, onde lançará “Los puentes de Königsberg”.
Informações: cursos@memorial.sp.gov.br
Tel.: (11) 3823-4780www.memorial.org.br
Postado por crb8saopaulo às 07:19 0 comentários
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
A necessidade da literatura
O papel da biblioteca
Por Silvia Castrillón

Presidente da Associação Colombiana de Leitura e Escrita (Asolectura), é formada em biblioteconomia com especialização em educação. É especialista em políticas públicas de apoio à leitura e escrita, trabalha na concepção e implantação de projetos e campanhas de fomento ao livro e à leitura e bibliotecas públicas e escolares. Durante sua direção, a Fundação para o Fomento à Leitura (Fundalectura) recebeu em 1995 o premio IBBY-ASAHI, a mais importante distinção outorgada ao trabalho na promoção de leitura. Participa do comitê executivo da IBBY (International Board on Books for Young People) e é consultora de organismos internacionais como a UNESCO, a Organização dos Estados Americanos, Organização dos Estados Ibero-Americanos, Cerlalc e ONU, entre outros. Autora do livro O direito de ler e de estiver (editora Pulo do Gato).
Para começar, gostaria de colocar uma pergunta, que não sei se faz justiça à escola, mas que é a preocupação de muitos: O modelo educacional atual excluiu a literatura, não somente como experiência estética, mas também como objeto de estudo?
Com minhas palavras, desejo prestar homenagem a duas pessoas que não estão mais entre nós, mas que, de formas distintas, foram a vanguarda de uma reflexão sobre a leitura – e, em especial, da literatura. Seus textos nos acompanham e esse é, justamente, um dos valores da literatura. São eles: Bartolomeu Campos de Queirós e a escritora argentina Graciela Montes.
A educação atual em nossos países – e temo que nisso também se manifeste a globalização – tornou supérflua a presença da literatura na sua condição de possibilidade de busca de sentido e como forma de conhecimento existencial. E ainda, o ensino da literatura, como objeto de análise e como fato histórico, passou a segundo plano, para deixar os primeiros postos aos saberes de maior prestígio no mundo contemporâneo.
O modelo educacional é pragmático e utilitário, forma para a competitividade e oferece o sucesso como meta. Um sucesso calcado na acumulação de bens materiais e em dar as costas a quem não o consegue, à maioria, portanto.
Por outro lado, esse modelo privilegia um suposto conhecimento – pragmático e utilitário – que se reduz a um acúmulo de informação. Informação que, segundo esse mesmo modelo, caduca, porque se exige de quem se forma uma permanente atualização – a chamada reciclagem – o que não seria negativo, se reconhecesse e partisse de aprendizados anteriores.
Esse conhecimento proposto pela escola não tem nada a ver com um conhecimento existencial, com uma busca de si mesmo, com uma indagação sobre o sentido da vida, do mundo e do papel de cada um em sua construção. Com um “compreender melhor a vida e a morte”, nas palavras de Fernando Bárcena.
Esse modelo não promove a reflexão, a introspecção, o diálogo interior, a contemplação. Tudo o que não pode ser medido por um número está fora de suas preocupações. E só propõe o caminho fácil, negando a dificuldade.
Supostamente, esse modelo tem como propósito a formação da autonomia e da subjetividade, contudo, essa formação não ocorre a partir do reconhecimento do outro nem da responsabilidade que se tem frente a ele. Pelo contrário: se constrói por meio da competição e da formação de pessoas individualistas, egoístas e, de certo modo, autistas.
Esse modelo privilegia a rapidez e a busca pela novidade, rende tributo à velocidade. Nega a memória como patrimônio que pertence a todos e que se forma mediante o acúmulo. Como diz George Steiner: “hoje, nossa escolaridade é amnésia planejada”.
Valoriza-se, de maneira equivocada, o local e o territorial como forma de enfrentar o global; igualmente, reconhece o multiculturalismo, mas como resposta às políticas de identidade e não como um saudável e necessário reconhecimento da diferença, sem estimular o diálogo entre grupos e culturas. Promove uma estima falsa das culturas populares, étnicas e juvenis, negando condições e valores universais.
Por último, com esse modelo, perdeu-se o valor da palavra, tanto a oral como a escrita. Em um enfrentamento com a imagem, onde os únicos que perdem são as crianças e os jovens que ficam privados da palavra.
Tudo o que foi dito anteriormente não pode ser generalizado, pois exceções acontecem, especialmente quando professores e bibliotecários são conscientes dessa realidade e fazem algo para transformá-la.
Tampouco se pode atribuir à escola a responsabilidade por esse modelo, pois a sociedade determina as metas; a sociedade entendida como nação, mas também, a sociedade de um mundo globalizado, onde essas metas são cada vez mais homogêneas.
A biblioteca escolar poderia contribuir com a transformação desse modelo, dando à leitura e à escrita uma dimensão que permita a reflexão, o diálogo e o pensamento, associados à presença da literatura, abrindo tempo e espaço para ela. Fazendo, com os professores, um trabalho em primeira mão de leitura e discussão de textos literários de qualidade, que desse aos clássicos destaque especial.
Por que a literatura
Não é necessário acrescentar mais evidências, além das reconhecidas por todos, sobre a necessidade da literatura. Somente e, em homenagem a Bartolomeu, gostaria de recordar algumas de suas palavras:
A literatura é capaz de abrir um diálogo subjetivo entre o leitor e a obra, entre o vivido e o sonhado, entre o conhecido e o que ainda está por conhecer; considerando que esse diálogo entre as diferenças – inerente à literatura – nos confirma como participantes de redes de relações; [reconhece] a flexibilidade do pensamento, participa da construção de novos desafios para a sociedade; (...) por sua configuração, acolhe a todos e convoca para o exercício de um pensamento crítico, ágil, imaginativo; (...) a metáfora literária acolhe as experiências do leitor sem ignorar suas singularidades.
Por tudo isso, Bartolomeu propõe que a leitura literária é um direito de todos, que ainda não está escrito. Direito que também reclamou outro grande brasileiro: Antonio Candido.
Ordenação do caos, forma de conhecimento existencial e humano, reconhecimento do outro, estímulo à reflexão, possibilidade de tomar distância diante do mundo, encontro de uma posição, como disse Sartre, entre “um universalismo dogmático e um relativismo pragmático”, forma de tornar própria uma das heranças mais importantes da humanidade – e de conectar-se com ela – de dotar com palavras o silêncio e a angústia das crianças e jovens. A literatura nos oferece tudo isso e muito mais: um prazer que advém de tudo o que foi dito antes. Não é prazer transcendente o que se propõe quando se oferece como forma de diversão ou recreação, como mercadoria ou bem de consumo.
Por tudo isso, a escola deveria ser a “grande ocasión” como diz Graciela Montes e, para tal, segundo ela, deve:
Garantir um espaço e um tempo, textos, mediadores, condições, desafios e companhia para que o leitor se instale em sua posição de leitor (...) (que é uma postura única, inconfundível, que supõe certo recolhimento e um distanciamento, um por-se à margem para, então, produzir observação, consciência, viagem, pergunta, sentido, crítica, pensamento) (...)
A escola deve incentivar as audácias [de crianças e jovens], acompanhar suas dúvidas, contribuir com a sua poética, fortalecer sua qualidade de sujeitos de uma experiência, ajudá-los a ampliar essa experiência, ouvir as narrações, as intervenções, os registros, facilitar seu ingresso ao universo cultural e dar-lhes possibilidades para misturar-se em sua trama...
E, em certa medida: “enfrentar o aluno com a alteridade, com aquilo que não é ele, para que compreenda melhor a si mesmo”, como disse a professora francesa Cécile Ladjali, em um diálogo com George Steiner. Dando, ao mesmo tempo, sentido às palavras silêncio, escuta e cortesia.
Creio nisso e penso que a melhor maneira de consegui-lo é por meio da biblioteca escolar, que está conclamada a realizar um trabalho em sintonia coma a sala de aula e com todos os professores. E é o bibliotecário, leitor convencido da necessidade da literatura, a quem cabe convocar os professores e diretores para esse propósito, se não quisermos que a maioria de nossas crianças seja excluída desse direito à literatura. E à melhor literatura.
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Referências Bibliográficas
Bartolomeu Campos de Queirós, Manifesto por um Brasil literário. Bogotá: Asolectura, 2012.
Fernando Bárcena, El alma del lector. La educación como gesto literário. Bogotá: Asolectura, 2012.
George Steiner; Cécile Ladjali, Elogio de la transmisión. Madri: Siruela, 2005.
Graciela Montes, La gran ocasión. Buenos Aires: Ministerio de Educación, Ciencia y Tecnología, 2007.
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* Texto apresentado na FLIP 2012, na mesa Biblioteca da Escola, promovida pelo Movimento por um Brasil Literário.
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TRADUÇÃO: THAIS ALBIERI
Fonte: http://www.revistaemilia.com.br/mostra.php?id=217
Postado por crb8saopaulo às 12:23 0 comentários