quarta-feira, 20 de abril de 2011

COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS AO APRENDIZ DO SÉCULO 21

Para que possamos compreender quem é o aprendiz deste século, o Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo – 8ª. Região (CRB/8) acaba de traduzir para a língua portuguesa o documento “Standards for the 21st Century Learner” ou “Parâmetros para o Aprendiz do Século 21”, elaborado pela American Association of School Librarians – AASL (Associação Americana de Bibliotecários Escolares), e publicado pela American Library Association – ALA (Associação Americana de Bibliotecas).

O documento, de oito páginas, define as competências informacionais indispensáveis ao aprendiz do nosso século, propõe a transformação da aprendizagem passiva para a ativa, e estabelece que é na biblioteca da escola – lugar no qual se oferece acesso democrático aos recursos e ferramentas necessários para a aprendizagem – onde se aprender a lidar adequadamente com a informação, matéria-prima para a criação de novos conhecimentos. Portanto, a biblioteca, reconhecida tradicionalmente como espaço da leitura por excelência, precisa ir além de ações de mero incentivo à leitura para desempenhar plenamente sua função.

De acordo com os “Parâmetros para o Aprendiz do Século 21”, a noção de capacitação informacional evoluiu da simples definição “uso de fontes de referência para localizar informação”. Além disso, competências múltiplas, inclusive a digital, a visual, a textual e a tecnológica tornaram-se cruciais para o aprendiz. Sendo assim, o conceito atual de capacitação informacional abrange o conjunto de competências necessárias para acessar, interpretar, selecionar e utilizar a informação de forma ética e criativa; tais competências darão ao estudante condição de engajamento num processo contínuo de aprendizagem (aprender por toda a vida) e de enfrentar novas situações e desafios no mundo em que vivemos, de mudanças tão rápidas e impactantes.

Aprender a aprender
A rapidez e o volume com que as informações são geradas hoje são responsáveis pela obsolescência contínua do conhecimento e, portanto, dos conteúdos curriculares. O estudante precisa ser motivado a aprender a aprender, a ser capaz de avaliar o seu próprio desempenho e a adquirir as competências que possibilitarão a autonomia informacional necessária para ser bem sucedido em sua vida pessoal, social e profissional. O aprendiz do século 21 (ou “nativo digital”) precisa saber:

 reconhecer quando a informação é necessária e ser capaz de localizá-la, avaliá-la, transformá-la e compartilhá-la;
 ler, raciocinar e escrever com precisão e clareza, interagindo com outros, desenvolvendo e comunicando ideias e informação;
 realizar pesquisa séria e responsável sobre perguntas de relevância, escolhas e assuntos de sua época;
 investigar, pensar criticamente e adquirir conhecimento;
 tirar conclusões, tomar decisões embasadas, aplicar o conhecimento adquirido a novas situações e gerar novos conhecimentos;
 compartilhar conhecimento e atuar de modo ético e produtivo;
 buscar aprimoramento pessoal e estético.

Neste novo modelo de aprendizagem, segundo Rosana Telles, coordenadora da Comissão de Educação do CRB-8 e tradutora do documento, “caberá ao bibliotecário assumir seu papel de educador e, em parceria com os professores, desenvolver programas específicos de pesquisa, liderando o processo de ensino-aprendizagem de competências informacionais no âmbito da escola”. Na opinião de Lúcia Paranhos, membro da Comissão de Educação do CRB-8 e responsável pela revisão do documento, “sob a direção de um bibliotecário graduado e atualizado, a biblioteca escolar deve atuar como agência educadora integrada ao programa pedagógico da instituição de ensino, contribuindo para a formação global do estudante como cidadão do mundo”.
Anexo documento “Parâmetros para o Aprendiz do Século 21”.

Mais subsídios no filme "Visions" – Visões:
http://www.youtube.com/watch?v=G9V4NS1DGZE



Sobre o Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo
O Conselho Regional de Biblioteconomia 8ª Região tem por objetivos básicos fiscalizar o exercício da profissão de bibliotecário e contribuir para o aprimoramento da área e de seus profissionais. A profissão de bibliotecário foi regulamentada em 30 de junho de 1962, com a publicação da Lei 4084.
A categoria comemora a Lei 12.244, de 24 de maio de 2010, a qual estabelece a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do Brasil: até o ano de 2020, toda escola brasileira deverá ter uma biblioteca e toda biblioteca escolar, um bibliotecário.
http://www.crb8.org.br/

Assessoria de Imprensa
Cristina Thimm Mirara (Mtb. 18.176)
Celular: (11) 7553-2313
E-mail: cristina@arbeitcomunicacao.com.br

Estão abertas as inscrições para o concurso de bolsas de pesquisa da FCRB

Estão abertas até 25 de maio as inscrições para o concurso de bolsas de pesquisa da FCRB para o período 2011-2012

A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) lançou edital oferecendo bolsas de pesquisa, variando da iniciação científica a bolsas para doutor júnior e incluindo também bolsas de desenvolvimento tecnológico. As áreas disciplinares incluem um largo espectro das ciências humanas e das sociais aplicadas, além de letras e artes, museologia, arquivologia, biblioteconomia, arquitetura e conservação e
restauração.
As inscrições vão até 25 de maio de 2011 e só podem ser feitas por correio por serviço de encomenda expressa (Sedex ou similar).
As entrevistas ocorrerão de 13 de junho a 8 de julho. O resultado será publicado até 15 de julho. Os novos bolsistas começarão seus trabalhos a 1º de agosto de 2011.

http://www.casaruibarbosa.gov.br/arquivos/file/Bolsistas_2011/FCRB_Edital_2011.pdf

Veja o que abre e fecha no feriado em São Paulo

Cultura

As bibliotecas de bairro abrirão apenas no dia 23 e a Biblioteca Pública Circulante Mário de Andrade permanecerá fechada todos os dias.

Os Bosques da Leitura atenderão somente no dia 23. A Capela do Morumbi, Casa do Bandeirante, Casa do Grito, Casa Modernista, Casa do Tatuapé e o Monumento à Independência (Capela Imperial), Sítio da Ressaca e Sítio Morrinhos fecharão apenas no dia 22.

A Casa do Sertanista, Casa da Imagem (antiga Casa nº 1), o Beco do Pinto e o Solar da Marquesa de Santos estão em reforma e, portanto, não abrem.

O Centro Cultural São Paulo abrirá todos os dias, mas a biblioteca fechará nos dias 22, 23 e 24. O Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso abrirá nos dias 21 e 22, das 10 às 18h, e no dia 23, das 10h às 20h. No dia 24 ficará fechado.

Os teatros Artur Azevedo, Cacilda Becker, Décio de Almeida Prado, João Caetano, Paulo Eiró e Zanoni Ferrite fecharão só no dia 21; nos demais dias terão programação normal. Estão fechados para reforma os teatros Municipal (mas o Museu abre), Alfredo Mesquita, Flávio Império e Martins Penna.

A Galeria Olido abrirá todos os dias e a Divisão de Arquivo Histórico funcionará apenas no dia 23, das 9h às 17h. A Escola de Bailado, Escola de Iniciação Artística, Escola Municipal de Música e a Orquestra Experimental de Repertório permanecerão fechadas todos os dias.

Os ônibus-biblioteca atenderão nos dias 21 e 23 e o Ponto de Leitura do Piqueri só no dia 23.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/veja+o+que+abre+e+fecha+no+feriado+em+sao+paulo/n1300085740670.html

Sesc realiza V Semana Nacional do Livro Infantil e da Biblioteca

O Sesc realiza até o dia 22 de abril, uma extensa programação para comemorar a V Semana Nacional do Livro Infantil e da Biblioteca. O evento é voltado para os alunos do Centro de Educação Sesc
O evento tem o objetivo de fomentar e incentivar a leitura, além de ampliar o horizonte literário e cultural dos alunos do Centro de Educação Sesc.

Nessa quinta edição a semana trará temas pouco utilizados dentro da vivência escolar, mas que fazem parte da literatura atual. Manifestações como o rap (palavras cantadas, uma espécie de repente, do movimento hip-hop) será apresentada aos participantes como um exemplo da diversidade e dos desdobramentos que a literatura atravessou nos últimos anos. Todas as áreas influenciadas pela literatura serão exploradas nessa edição que tem como tema: “Tudo tem literatura. Literatura tem de tudo”.

A programação terá ainda: palestras sobre profissões – a hora da escolha e meio ambiente; teatro “a pílula falante” da fundação bradesco ; recreação educativa; jogos e leitura infantil com smtran/ secretaria municipal de trânsito; e muito mais.

“A V semana do livro infantil e da biblioteca é um espaço pra você conferir tudo o que tem de literatura e a literatura que tem de tudo”, afirma a bibliotecária do Sesc, Rosinéia Rodrigues.
Publicado originalmente http://www.bvnews.com.br/diversao1594.html

Praticas de leitura na biblioteca

A Biblioteca InfantoJuvenil Monteiro Lobato sediará o II Encontro sobre leitura, promovido pela Rede de Bibliotecas Públicas e a Fundação SM.
As inscrições devem ser feitas pelo e-mail bcsp.mlobato@prefeitura.sp.gov.br.
Informar nome completo, telefone para contato e nome da Instituição onde atua.
Os palestrantes
•João Luis C. T Ceccantini - possui graduação em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp/Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1987), onde também realizou seu mestrado (1993) e doutorado em Letras (2000). Atualmente é professor assistente doutor da Unesp.
•Maria Zenita Monteiro - coordenadora do Sistema Municipal de Bibliotecas de São Paulo.
•Angela Müller de Toledo - bibliotecária, coordenadora das bibliotecas da Escola da Vila e resenhadora da Bibliografia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil.
Dia 29 de abril das 9h às 13h

Rodas de leitura

A Biblioteca Pública Raimundo de Menezes promoverá rodas de leitura para adultos e crianças a partir dos 7 anos. Dia 27/04 às 10hs. Gratuito. Faça sua reserva
Endereço: Av. Nordestina, 780
São Miguel Paulista - 08021-000 São Paulo, SP
Tel.:11 2297-4053
bmraimundomenezes@yahoo.com.br

segunda-feira, 18 de abril de 2011

2º Congresso Internacional do Livro Digital 2011

" O 2º Congresso Internacional do Livro Digital - promovido pela Câmara Brasileira do Livro, CBL, que será realizado dias 26 e 27 de julho de 2011, em São Paulo, promoverá uma sessão de trabalhos científicos e acadêmicos. O objetivo é estimular a divulgação de pesquisas e trabalhos empíricos ou conceituais e inéditos sobre os temas:

- Novos Modelos de Negócios relacionados aos livros digitais;
- Aspectos de usabilidade de leitores digitais (e-readers);
- Bibliotecas Digitais;
- Aspectos educacionais dos livros digitais;
- Direitos autorais e Copyright;
- Marketing do livro digital;
- Redes sociais e livros digitais;
- O novo papel do editor;
- e outros temas afins.

Os autores dos trabalhos aceitos para apresentação na sessão receberão a inscrição para a participação no congresso (uma inscrição por trabalho) e terão seus trabalhos publicados no site do evento.

O trabalho vencedor receberá o prêmio de R$ 1.000,00 e o segundo colocado R$ 500 (valores brutos), e os dois melhores trabalhos apresentados receberão indicação (em fast track) para publicação na REGE – Revista de Gestão da USP.

Os coordenadores desta sessão do Congresso serão o Prof. Cesar Alexandre de Souza (FEA/USP) e Daniel Pinsky (Comissão do Livro Digital/CBL).

O prazo final de envio dos trabalhos é dia 2 de maio de 2011 e o resultado será divulgado dia 2 de julho; a data de apresentação dos trabalhos será comunicada aos vencedores neste mesmo dia.

Sacolas da leitura

A Biblioteca Pública Municipal “Prof. Fausto Ribeiro de Barros” está espalhando em diversos pontos de Penápolis sacolas com alguns livros. Quem encontrar, não precisa devolver. A pessoa que achar a sacola, poderá levar os títulos para casa e apreciar a leitura. Entretanto, é importante que após a leitura, a pessoa coloque a sacola em qualquer outro ponto, ou simplesmente repasse para outra pessoa ler.

Esse é o projeto “Sacola da Leitura”, uma iniciativa da Biblioteca Municipal e da Oficina de Criação da 1ª Casa de Penápolis que tem por objetivo difundir o hábito de leitura, formar novos leitores e propiciar o acesso direto ao livro em vários locais da cidade.
Saiba mais

Noticia enviada pelo colega Claudio Hideo Matsumoto CRB-8/5550

domingo, 17 de abril de 2011

Este livro é bom?

" A gente lê, relê, se farta de resenhas (as da CRESCER, hein?), tenta conhecer os escritores e ilustradores, mas a pergunta sempre nunca nos deixa: afinal, o que é um bom livro para criança?

Desde que nascemos passamos a experimentar produtos culturais, seja na música, na literatura, cinema, artes plásticas, etc. Se nos for permitido, muito cedo já podemos ter opiniões sobre assunto e começar a trilhar nossas escolhas. E você, pai e mãe “modernos”, ficam na maior dúvida: sigo aqui a dica da Cristiane Rogerio para escolher os próximos livros do meu filho ou deixo que ele compre aquele lá do final da prateleira, que eu nem acho tão bom mas, tem o tal bicho que ele adora.

Faça-se perguntas, antes. O que você espera de um livro para o seu filho? Que ensine algo didaticamente? Que tenha moral no final? Será que ele tem que ser “bonitinho” ou fácil à primeira olhada? Poderia falar apenas de “coisas” boas e alegres?

Ou será que o livro bom para o seu filho deveria ser um que o emocione, que o divirta, que seja inesquecível, que não subestime a capacidade de discernimento, compreensão e sensibilidade da criança, seja de qual idade for.

Para mim, livro bom para criança é livro de boa qualidade. Agora, como a gente descobre isso? Fuçando. Você e seu filho. Desde bebê. Pode começar por uma mordida ou uma boa molhada nele durante o banho. Depois ele pode aprender a ler com as mãos, sentindo a textura das páginas, o contorno dos desenhos, abraçando. Mais tarde, ele se envolverá com as letras, a junção delas, o ritmo, a dança que elas fazem pelas boas edições. E tudo isso sempre guiado por você que, lendo desde cedo para o seu filho, vai fazer esta descoberta pelos gostos e preferências se transformar em um prazer contínuo.

Cristiane Rogerio
Publicado originalmente http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/1,,EMI217572-17926,00.html

O campeão de leitura do Metrô

" Lucas pegou emprestado 190 obras durante dois anos da biblioteca Embarque na Leitura
Suzane G. Frutuoso - Jornal da Tarde

Lucas Reis de Lima Silva, 9 anos, morador de Osasco, região metropolitana de São Paulo, diz que gosta de gastar energia. Adora as aulas de educação física e os treinos de natação que preenchem suas tardes. Mas o título de campeão que o jovem atleta já ostenta é outro. Lucas foi o usuário (entre o público de até 12 anos) que mais emprestou livros da biblioteca Embarque na Leitura, projeto do Metrô de São Paulo, em parceria com o Instituto Brasil Leitor (IBL). Foram 190 obras em dois anos.

Lucas pega livros emprestado na biblioteca do Metrô instalada na Estação Santa Cecília

O garoto prova que a literatura ganha novos adeptos a cada dia e não está ameaçada pela internet, como alguns já chegaram a defender. Pelo contrário. Há mais políticas públicas de incentivo à leitura justamente porque a demanda cresce. “Temos 40 mil associados, que emprestaram mais de 400 mil livros desde 2004, quando a atividade começou na Estação Paraíso”, diz Aloizio Gibson, chefe do departamento de marketing do Metrô. No acervo, mais de 17 mil publicações, desde clássicos do vestibular até títulos mais atuais.
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Nas escolas faltam as bibliotecas

" Se os estudantes brasileiros não têm livros em casa, eles também não possuem nas escolas. Faltam bibliotecas nos colégio brasileiros. Para pôr fim na situação, uma lei, assinada no ano passado, pelo então presidente Lula, determina que toda escola, pública ou privada, tenha uma biblioteca. Foram dados 10 anos para os espaços serem construídos. Para o acervo, é preciso um livro por aluno.

Um levantamento do Movimento Todos Pela Educação, feito em 2010, mostrou que para o Brasil cumprir a lei, faltam 93 mil bibliotecas só no ensino fundamental – são 9 mil novos acervos por ano ou mais de 25 bibliotecas por dia.

O estudo foi feito com base no Censo da Educação Básica 2008. A situação é mais grave na rede pública e no ensino fundamental.

Faltam bibliotecas em quase 70% dos colégios públicos e em cerca de 20%, dos privados. No ensino médio, o número cai para cerca de 16% nas escolas públicas e 9% nas privadas.

– Faltam bibliotecas exatamente em escolas de regiões mais pobres, onde os alunos não têm condições de ter livros e também não encontram nas escolas. Cabe ao poder público fazer essa compensação – afirma a diretora executiva do movimento, Priscila Cruz.

A Secretaria de Estado da Educação foi questionada de como andava a situação no Estado, mas não respondeu até o fechamento da edição. Em Florianópolis, as 36 escolas municipais de ensino fundamental têm bibliotecas e bibliotecários.
Publicado originalmente http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3277489.xml&template=3898.dwt&edition=16908§ion=213

Longe do alcance das mãos

"Tory Oliveira

Dois séculos depois da criação do sistema Braille, livros adaptados para deficientes visuais ainda são caros e de difícil acesso no Brasil. Por Tory Oliveira

Dois séculos depois da criação do sistema Braille, livros adaptados para deficientes visuais ainda são caros e de difícil acesso no Brasil

Para a maioria das pessoas, basta entrar em uma livraria ou biblioteca de sua cidade para ter acesso a milhares de títulos, de best sellers como a saga Harry Potter a livros específicos sobre Física Quântica. Apenas em 2009, 22 mil lançamentos e 30 mil reedições encheram as livrarias brasileiras, segundo o balanço anual Produção e Vendas do Setor Editorial, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Entretanto, a prateleira de livros é bem menor para aquelas pessoas consideradas cegas ou com baixa visão. Em 2010, a maior editora de livros em Braille da América Latina, a Fundação Dorina Nowill, produziu 342 títulos. “O acesso ao livro é precário e sofrível”, classifica Vera Lúcia Zednick, criadora do Projeto Acesso, uma organização sem fins lucrativos que luta pela inserção social e educativa do deficiente visual. Na biblioteca do Projeto Acesso, por exemplo, existem apenas 50 livros em Braille. Segundo Vera, existem pouquíssimos títulos disponíveis em livrarias, cujo catálogo é, em sua maioria, constituído por livros infantis."
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Projeto oferece acervo de livros infantojuvenil pela internet

"Mais de 30 mil registros, o equivalente a 22 mil títulos, estão disponibilizados no site da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (Fnlij) para consulta de pesquisadores, estudiosos e educadores, dentro do projeto Biblioteca Fnlij, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e Petrobras.

A secretária-geral da fundação, Beth Serra, disse à Agência Brasil que o site da Biblioteca Fnlij é o único no país com esse tipo de informação. Ele reúne um acervo tão vasto de publicações dedicadas ao público infantojuvenil. O projeto contribui para subsidiar pesquisas e políticas culturais e educacionais de compra de livros.

Todas as publicações recebidas pela fundação estão à disposição dos interessados na Biblioteca Fnlij. Cerca de 1,2 mil títulos são recebidos pela entidade a cada ano.

A ferramenta visa a auxiliar também os pais e educadores na compra de livros para as crianças e jovens, de acordo com a sua faixa etária. “A ideia é essa. A biblioteca tem um atendimento para quem é pesquisador e, também, para os pais e professores e educadores em geral. Eles podem saber o que está sendo publicado no Brasil dentro do universo infantil”, disse.

As informações sobre o acervo são atualizadas automaticamente, afirmou Beth Serra. Elas incluem os títulos premiados pela fundação ao longo dos anos e, ainda, os livros que se encontram no mercado. “É um cardápio bastante variado para pais e professores que já consultam para comprar acervo, para orientar a leitura”, ressaltou a secretária-geral da Fnlij.

Publicado originalmente http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110416160803&assunto=30&onde=Brasil