domingo, 23 de outubro de 2011

FESTIVAL DO LIVRO E DA LITERATURA DE SÃO MIGUEL PAULISTA

De 25 a 27 de outubro ocorrerá o Festival do Livro e da Literatura de São Miguel Paulista. O público terá a oportunidade de participar de diversas contações de histórias, feiras de trocas de livros e gibis e muito mais. Confira a programação completa no site!

O ESCRITOR NA BIBLIOTECA
Menalton Braff .
Contista e romancista, Menalton Braff iniciou sua carreira como professor de Literatura Brasileira na Universidade São Judas. Em seus dois primeiros livros ''Janela aberta'' e Na força de mulher'', adota o pseudônimo de Salvador dos Passos, que abandona para a publicação de ''À sombra do Cipreste'', livro que ganhou o Prêmio Jabuti 2000. Entre suas mais recentes publicações estão ''Mirinda'' e ''Bolero de Ravel'', romance semi-finalista  do Prêmio Portugal Telecom e do Prêmio SãoPaulode Literatura.
24 de outubro (seg) - 10h - BP Helena Silveira
25 de outubro (ter) - 10h - BP Lenyra Fraccaroli
25 de outubro (ter) - 14h30 - BP Jamil Almansur Haddad
26 de outubro (qua) - 10h - BP José Mauro de Vasconcelos
27 de outubro (qui) - 10h - BP Mário Schenberg
27 de outubro (qui) - 14h - BP Afonso Schmidt

A construção de uma Brasiliana e outros contos

por   

Há quase seis anos, tapumes verdes no início da Av. Professor Luciano Gualberto fazem parte da paisagem do campus. Por trás está a Brasiliana USP, uma enorme construção de 20 mil metros quadrados que abrigará um auditório, a nova sede do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), o departamento técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) e o célebre acervo de Guita e José Mindlin.
Quem acompanhou de longe a ascensão da estrutura levaria um susto ao adentrar a obra: sua conclusão está enfim próxima. Segundo o arquiteto e gerente técnico do projeto, Rodrigo Mindlin Loeb, a inauguração, diversas vezes adiada, deve acontecer em 2012. A data exata será escolhida pela Reitoria.
Em 1999, sete anos antes de oficializar a doação de parte de sua coleção à universidade, José Mindlin chamou o neto Rodrigo e pediu que fizesse o projeto da biblioteca junto com o também arquiteto Eduardo de Almeida. A terceira versão vingou, mas não sem sofrer ajustes como a mudança do IEB, acertada após o início das obras.
Leia mais

Só dois dos 96 distritos de São Paulo têm mais de dois livros por habitante

"Apenas os distritos da Sé e da Liberdade atingem esse patamar, diz ONG

Bruno Bocchini
Manu Mohan / SXC

Meta recomendada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é de, no mínimo, 2 livros por habitante adulto
São Paulo – Dos 96 distritos da cidade de São Paulo, apenas dois têm, nas bibliotecas e nos pontos de leitura municipais, mais de dois livros por habitante. Apenas os distritos da Sé (na região central), com 16,59, e da Liberdade (também no centro), com 2,60, atingem esse patamar.

Do total de distritos, 90 não conseguem chegar à marca de um livro por morador, segundo dados do Observatório Cidadão da organização não governamental (ONG) Nossa São Paulo.

A meta, recomendada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é de, no mínimo, 2 livros por habitante adulto.
“Uma realidade que já era ruim e piorou significamente é que o Poder Público simplesmente não investe em bibliotecas populares. A prefeitura reformou a Biblioteca Municipal, mas a periferia continua à míngua. Além de não ter investimento ainda está diminuindo o número de livros”, destacaMaurício Broinizi Pereira, um dos coordenadores do Movimento Nossa São Paulo.
Segundo os dados da ONG, em 2010, a média do município era de 0,22 livros por adulto. Em 2006, era de 0,27. Em números absolutos, o acervo total da cidade caiu de 2.254.631 obras, em 2006, para 1.962.102, em 2010.

Na distribuição por distrito, a desigualdade é evidente: a diferença entre a região com mais livros e a com menos é de 1.978 vezes.
“A região central de São Paulo tem uma concentração muito grande de livros e bibliotecas. Mas, praticamente toda a periferia, em 90 distritos da cidade, a média de livros está abaixo de um por habitante da região. Isso revela que não há prioridade de levar os equipamentos culturais para a periferia da cidade”, ressalta Pereira.
De acordo com a Nossa São Paulo, na comparação por subprefeitura, a exclusão cultural dos paulistanos que moram longe do centro fica ainda mais evidente. São Mateus e Cidade Ademar, regiões da periferia da cidade, que reúnem 635.593 pessoas com 15 anos ou mais, não tinham, em 2010, um só livro disponível à população em equipamentos públicos de cultura.

“Em São Mateus, um Ponto de Leitura foi inaugurado em dezembro de 2010 o que, para a atualização do indicador em 2011, pode representar uma melhora”, ressalva o coordenador.
Procurada, na última sexta-feira (22), a Secretaria de Cultura da prefeitura disse que iria procurar conhecer os números apresentados na pesquisa antes de se pronunciar."
Publicado originalmente http://exame.abril.com.br/economia/brasil/noticias/so-dois-dos-96-distritos-de-sao-paulo-tem-mais-de-dois-livros-por-habitante