sábado, 31 de julho de 2010

Os textos leves e curtos da internet estão nos deixando mais burros?

"Um crescente número de especialistas pensa que sim – e afirmam ser hora de reduzir o ritmo.

Se você leu este artigo na versão impressa do caderno Nosso Mundo Sustentável, é provável que só tenha lido metade do que estava escrito na página. Se você está lendo agora esta versão online, provavelmente não lerá um quinto. Pelo menos, são esses os veredictos de dois projetos de pesquisa respectivamente, do Poynter Institutes Eyetrack, e de Jakob Nielsen. Ambos sugerem que muitas pessoas não têm mais concentração para ler artigos até o final.

E o problema não fica apenas por aí. De acordo com acadêmicos, estamos nos tornando leitores menos atentos também. Professor da Bath Spa University, Greg Garrard recentemente revelou que teve de encurtar a lista de leitura de seus alunos, enquanto Keith Thomas, historiador em Oxford, afirma estar perplexo com seus colegas mais novos, que analisam fontes com um mecanismo de busca em vez de lê-las em sua totalidade.

Estamos, então, ficando burros? De acordo com The Shallows, livro de tecnologia de Nicholas Carr, os hábitos online estão danificando as faculdades mentais necessárias para processar e entender informações textuais mais longas. Os feeds de notícias a toda hora mandam o leitor de um link para outro – sem que ele, necessariamente, se aprofunde em algum conteúdo. A leitura é frequentemente interrompida com a chegada do último e-mail, e, agora, o internauta ainda absorve pequenas rajadas de palavras no Twitter e no Facebook.

Tudo isso significa que embora, por conta da internet, nós tenhamos nos tornado bons em coletar uma ampla gama de petiscos, também estamos gradualmente esquecendo como sentar, contemplar e relatar fatos.

Um movimento pelo slow reading

Continua lendo? Você provavelmente faz parte de uma minoria em extinção. Mas não importa: uma revolução...."

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