terça-feira, 18 de maio de 2010

Reitor da USP esclarece alunos sobre biblioteca

O que está em jogo não é a nova localização das Bibliotecas dos Departamentos, nem o nome das salas, é muito mais do que isso. É a modernização da FD; a continuidade do projeto pedagógico e da grade curricular; a posição da FD na vanguarda do ensino jurídico brasileiro". A afirmação, em tom de desabafo, faz parte do ofício circular do reitor da Universidade São Paulo, João Grandino Rodas, distribuido à comunidade universitária de São Paulo, nesta segunda-feira (17/5).

No documento, o reitor, que foi diretor da Faculdade de Direito da USP de agosto de 2006 a janeiro de 2010, presta esclarecimentos sobre a polêmica formada em torno da transferência da biblioteca e da designação de salas de aulas da escola com nomes de ex-alunos. "A oposição aos conceitos acima se faz por vários pequenos grupos, cujo único ponto agora em comum é conseguir bandeiras para seus próprios objetivos".

Além de deixar claro que a contestação às medidas tomadas pela diretoria da Faculdade de Direito tem motivação política e corporativista, Grandino Rodas justifica o que está sendo feito na Faculdade do Largo São Francisco, do ponto de vista administrativo e técnico. Segundo ele, a os livros que estão sendo transferidos de lugar são a chamada Biblioteca dos Departamentos, enquanto o acervo histórico permanece no prédio antigo da Faculdade, onde sempre esteve.

"O que fazer agora para regularizar a questão das bibliotecas?", pergunta o reitor e ele mesmo responde: "Cabe à direção da FD decidir pela volta ou não do acervo para o prédio principal, sopesando o impacto futuro de tal decisão em termos de: segurança (inclusive a elétrica); de espaço para salas de aula; e, finalmente, de poder reabrir total e mais rapidamente a antiga Biblioteca dos Departamentos".

Quanto às novas salas de aula, elas receberam os nomes de dois ex-alunos ilustres — Pinheiro Neto e Pedro Conde — que fizeram doações para a sua reforma e seu devido aparelhamento. Segundo o reitor, é uma prática antiga na escola dar nomes às salas da faculdade, e as designações contestadas foram devidamente aprovadas pela Congregação de professores. "Há salas na Faculdade de Direito com nome de não professor – a Sala Visconde de São Leopoldo. Por outro lado, em nível de Universidade de São Paulo, inexiste proibição de se colocar nome de aluno ou de terceiros: A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, tem o nome do doador do respectivo terreno; há na Escola Politécnica, um prédio nominado Olavo Setubal, ex-aluno ilustre e doador", diz a nota do reitor

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1 comentários:

Anonymous disse...

Profissionais da Biblioteconomia, abram o olho:
Rodas, o Reitor da USO tem obsessão em desrespeitar os profissionais de bibliotecas!

O Reitor da USP, João Grandino Rodas, enquanto ex-diretor da Faculdade de Direito, conseguiu a "modernidade" de desmontar, encaixotar e enviar a um cortiço as tradicionais bibliotecas jurídicas do Largo de São Francisco, que contém cerca de 160 mil livros.
O acervo foi exposto a riscos quando da trasferência para um prédio em inadequadas condições: faz lembrar as ruínas da .
Todavia, o Magnífico Reitor busca desviar-se de suas responsabilidades e insiste na solitária e descabida tese de que as bibliotecárias é que foram foram as responsáveis, perseguindo-as, investindo o tempo todo contra a autonomia universitária da Velha Academia - A Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
Mais informações:

http://182-21.blogspot.com/

Inquérito Civil Público nº1.34.001.004171/2009-19 - Ministério Público Federal

Justiça Federal - Ação Cautelar Praparatória de Civil Pública:
Autos nº010233-21.2010.403.6100