Cultura
As bibliotecas de bairro abrirão apenas no dia 23 e a Biblioteca Pública Circulante Mário de Andrade permanecerá fechada todos os dias.
Os Bosques da Leitura atenderão somente no dia 23. A Capela do Morumbi, Casa do Bandeirante, Casa do Grito, Casa Modernista, Casa do Tatuapé e o Monumento à Independência (Capela Imperial), Sítio da Ressaca e Sítio Morrinhos fecharão apenas no dia 22.
A Casa do Sertanista, Casa da Imagem (antiga Casa nº 1), o Beco do Pinto e o Solar da Marquesa de Santos estão em reforma e, portanto, não abrem.
O Centro Cultural São Paulo abrirá todos os dias, mas a biblioteca fechará nos dias 22, 23 e 24. O Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso abrirá nos dias 21 e 22, das 10 às 18h, e no dia 23, das 10h às 20h. No dia 24 ficará fechado.
Os teatros Artur Azevedo, Cacilda Becker, Décio de Almeida Prado, João Caetano, Paulo Eiró e Zanoni Ferrite fecharão só no dia 21; nos demais dias terão programação normal. Estão fechados para reforma os teatros Municipal (mas o Museu abre), Alfredo Mesquita, Flávio Império e Martins Penna.
A Galeria Olido abrirá todos os dias e a Divisão de Arquivo Histórico funcionará apenas no dia 23, das 9h às 17h. A Escola de Bailado, Escola de Iniciação Artística, Escola Municipal de Música e a Orquestra Experimental de Repertório permanecerão fechadas todos os dias.
Os ônibus-biblioteca atenderão nos dias 21 e 23 e o Ponto de Leitura do Piqueri só no dia 23.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/veja+o+que+abre+e+fecha+no+feriado+em+sao+paulo/n1300085740670.html
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Veja o que abre e fecha no feriado em São Paulo
Postado por crb8saopaulo às 06:03 0 comentários
Marcadores: bibliotecas, Feriadão
quinta-feira, 22 de julho de 2010
O mundo é uma biblioteca
GILBERTO DIMENSTEIN
Trocar livros usados pelo mundo é como ter uma biblioteca espalhada por aí, sem sair de casa
A PROFESSORA de inglês Eunira Galioni está preparando um modo diferente de ocupar o tempo da sua aposentaria: trocar livros usados mundo afora. "É como se eu tivesse uma biblioteca espalhada pelo mundo, sem sair de casa." E, melhor, quase sem gastar dinheiro. Na maioria das vezes, sem gastar nem um centavo. Nem com o correio.
Tudo começou com a paixão de Eunira pela leitura, iniciada nos Estados Unidos, onde morou com os pais quando era menina. Seus pais saíram do Brasil para trabalhar como operários em Nova Jersey. Não tinham família nem amigos por lá. "Além de não conhecer ninguém, eu era muito tímida e, por isso, me refugiava nos livros."
Estava ali não só o encontro do prazer pela leitura mas uma forma de sobrevivência.
Aos 14 anos, ela voltou ao Brasil fluente em inglês. Muito tempo depois, tornou-se secretária bilíngue, casou-se, teve quatro filhos. Como era pouco o dinheiro, dava aulas de inglês para reforçar o orçamento. Conformou-se com a impossibilidade de comprar livros em inglês, proibitivos em seu orçamento. "Eu desenvolvi o hábito de ler o mesmo livro várias vezes."
Assim foi até que descobriu uma tribo planetária que, com a ajuda das tecnologias digitais, criou um sistema de trocas capaz de rastrear os mais diversos livros pelo mundo, cujo slogan é "Faça do mundo uma biblioteca".
Ela se cadastrou e logo começou a receber, em sua casa, livros em inglês dos mais diferentes países. Algumas vezes, recebia inesperadamente sacos de livros, por causa de uma parceria do projeto com uma empresa naval que se dispunha a fazer o carregamento sem cobrar nada. "Eu me sentia, sem exagero, abrindo um saco deixado pelo Papai Noel."
A prática virou um misto de hobby com rede social. Ela recebia o livro, devidamente cadastrado, e o passava adiante para alguém que se comprometia a manter a corrente. A pessoa que recebia, em algum lugar da cidade, registrava o livro na página da internet do "Bookcrossing" e, muitas vezes, deixava um comentário ou resenha. Como nem sempre tinha dinheiro para o correio, Eunira montou uma rede de contatos que a avisam quando alguém vai viajar para o exterior. O portador deixa o livro em alguma praça, parque ou café, e ela registra na internet para avisar algum possível interessado.
O virtual até já virou presencial. Numa viagem ao Canadá, encontrou-se pessoalmente com uma das integrantes da tribo -e, é claro, voltou com livros para casa.
Esse tipo de tribo prospera na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, é um hábito desconhecido. Seja porque pouca gente lê, seja porque as pessoas se agarram aos livros.
Mas, agora, o espaço literário mais nobre da cidade vai permitir a troca. A biblioteca Mário de Andrade, que, depois de fechada para reforma, se abre para o público nesta semana, terá um canto para as pessoas deixarem um livro para quem quiser pegá-lo e passá-lo adiante.
Prestes a se aposentar, Eunira ganhou, dessa maneira, um dos melhores lugares para fazer de seu mundo uma biblioteca.
Publicado originalmente: Folha De S. Paulo de 21/07/2010
Postado por crb8saopaulo às 08:37 0 comentários
Marcadores: bibliotecas, leitura
terça-feira, 20 de julho de 2010
EUA: Biblioteca em casa deixa crianças mais inteligentes
"Um grupo de sociólogos das universidades de Nevada em Las Vegas e da Califórnia em Los Angeles realizou o maior estudo internacional sobre a influência dos livros na educação escolar. Os resultados mostram que, independentemente do nível educacional dos pais, do status socioeconômico e do regime político, quanto mais livros houver em uma casa, mais anos de escolaridade atingirá a criança que crescer nela. Participaram do estudo mais de 70 mil pessoas de 27 países, entre os quais Estados Unidos, China, Rússia, França, Portugal, Chile, África do Sul (o Brasil não foi incluído). A conclusão foi publicada na revista Research in Social Stratification and Mobility.
No artigo, os autores explicam que o nível cultural e educacional dos pais também influencia a escolaridade atingida pela prole, mas nesse caso a correlação é mais fraca do que com o tamanho físico do acervo familiar de livros. Os resultados mostram também como o gosto pela leitura tende a diminuir diferenças sociais. Nos lares mais modestos, o efeito de cada acréscimo ao acervo no futuro acadêmico da criança é mais acentuado do que a adição de um volume a uma biblioteca mais ampla. Apesar de a tendência ter sido observada em todos os países, houve diferenças importantes entre eles.
Nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, uma biblioteca com cerca de 500 volumes representou acréscimo de dois a três anos na escolaridade das crianças, comparando com uma casa sem livros. Na Espanha e na Noruega, o número saltou para até cinco anos e na China atingiu o máximo, entre seis e sete anos.
Segundo os pesquisadores, o regime comunista poderia explicar o resultado chinês, pois em um país onde há mais restrições à liberdade individual os livros seriam bens culturais ainda mais valorizados pela família. O mesmo raciocínio poderia se aplicar aos números semelhantes verificados em países do Leste Europeu (que formavam o bloco comunista) e a África do Sul, que viveu décadas sob o apartheid. Os casos analisados foram de pessoas que cresceram em meio a esses regimes. "A leitura é uma ótima fonte para os oprimidos, seja qual for sua cor, seus opressores e as circunstâncias históricas", escreveram.
O estudo é uma prova irrefutável de que "uma casa onde os livros são valorizados fornece à criança ferramentas que são diretamente úteis no aprendizado escolar, como vocabulário, imaginação, amplo horizonte em história e geografia, a compreensão da importância da evidência no argumento, e muitas outras". E confirma os famosos versos de Castro Alves, do século 19: "Oh! Bendito o que semeia/ Livros... livros a mão-cheia.../ E manda o povo pensar!/ O livro caindo n'alma/ É germe - que faz a palma./ É chuva - que faz o mar."
Fonte: Luciana Christante - Revista Mente Cérebro - 07/07/2010"
Colaboração das colegas Regina Celi e Sonia Bertonazzi
Postado por crb8saopaulo às 02:46 0 comentários
Marcadores: bibliotecas, Educação
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Biblioteca Arthur Vianna amarga o abandono
Leitura entregue às traças na maior biblioteca do Pará
Marcelo da Silva, 38, “repara” carros na travessa Rui Barbosa. Entre um trocado e outro, quando diminuiu o fluxo de veículos, ele atravessa a rua e caminha em direção ao Centur.Alguns lances de escada e pronto – Marcelo se vê em seu lugar preferido para “passar o tempo”, como ele mesmo diz: a gibiteca da Biblioteca Arthur Vianna. “Sempre venho aqui quando não tem muito carro lá fora. Gosto de matar a saudade das revistas antigas. X-Men e Novos Titãs são meus gibis favoritos”, conta.
Fernanda Cybelle, 16, é estudante do segundo ano do Colégio Paes de Carvalho e, curiosamente, comemorava seu aniversário com as amigas, sem bolo nem barulho, em uma das mesas do salão central da biblioteca. “Nós adoramos vir pra cá. Hoje fomos liberadas mais cedo e, como temos um seminário sobre Inglês de Souza, viemos adiantar a pesquisa. A biblioteca da escola não supre a nossa necessidade”.
Marcelo, Fernanda e as cinco amigas compunham um pequeno grupo de leitores que aproveitava o final da manhã da última quinta-feira na centenária biblioteca, que em seus vários ambientes, parecia desabitada. A própria gerente, Ruth Vasconcellos, reconhece: já houve dias (bem) melhores. “Há dez anos o público era bem maior,os números mostram isso”, ela diz, como se a realidade não saltasse aos olhos. “A tecnologia levou o usuário a traçar outro caminho na busca por informação. É claro que há maneiras de trazer leitores, mas fica difícil diante da nossa atual situação. Não é bonito dizer isso, mas nosso acervo está desatualizado, e isso prejudica muito o atendimento, porque se o leitor vem e não encontra o que está procurando, nãovolta mais”, pondera.
Atualização e informatização do acervo, instalação de um telecentro, modernização dos equipamentos e aquisição de maquinário e móveis novos.São muitas as necessidades desta que é a mais importante biblioteca pública de Belém, mas que, do alto de seus 139 anos, parece parada no tempo.
A situação se torna mais grave ainda quando se leva em conta que o Pará é o Estado com maior número de municípios sem bibliotecas: dos 143 municípios, 21 não possuem um local reservado para estudo e pesquisa, segundo pesquisa divulgada em abril pelo Ministério da Cultura. Em Belém, só há duas bibliotecas públicas: a Biblioteca Arthur Vianna e a Biblioteca Municipal Avertano Rocha, na orla de Icoaraci.
FALTA ESTÍMULO
Para Ruth Vasconcellos, faz-se necessária a união de esforços para resgatar a importância da biblioteca como espaço de pesquisa e busca pelo conhecimento. “Hoje o professor pede um trabalho, o aluno vai à internet, copia o que for conveniente, e pronto. O educador deve exigir as referências bibliográficas, um conteúdo consistente. Isso acaba forçando uma pesquisa mais aprofundada e levando o aluno a buscar o ambiente da biblioteca”, defende.
Para a pedagoga Luciana Moura Assad, 28, que dá aulas para turmas de 1ª à 8ª série na escola de ensino fundamental Dr.Carlos Guimarães, no bairro da Marambaia, a biblioteca ainda figura como ferramenta indispensável para o ensino, principalmente em um país onde a pobreza limita o acesso à leitura. “Para as classes mais baixas, comprar livros ainda é uma realidade muito distante. A biblioteca é uma ferramenta indispensável, um suporte para professores e alunos”, diz.
Luciana, que dá aulas pela manhã, reserva as tardes para cuidar da biblioteca recém implantada na instituição onde trabalha. Observando de perto a relação dos alunos com o espaço, ela nota que esse vínculo ainda precisa se fortificar. “Estamos fazendo um trabalho de conscientização, porque ainda não existe o hábito de freqüentar o espaço. Os alunos ainda estão aprendendo valores como o cuidado com o livro, o silêncio no ambiente da biblioteca. Estamos criando estratégias para que eles descubram o prazer da leitura, já que na família, muitas vezes, não existe esse estímulo”.
Espaço público amarga má fase, diz direção
Sem orçamento próprio – já que depende dos recursos da Fundação Cultural Tancredo Neves – a Biblioteca Arthur Vianna amarga uma má fase. O salão geral, que antes dispunha de três seguranças, agora conta com um só guarda. Também foi reduzida a quantidade de câmeras de monitoramento em cada sala: de duas para apenas uma. “São os cortes orçamentários”, diz Ruth Vasconcellos. Depois do decreto 1.618, baixado pela governadora Ana Júlia, em abril de 2009, também foi reduzido o horário de funcionamento do espaço: de 8h às 19h passou a ser de 10h às 18h. “O público reclama desse horário. Os estudantes costumavam vir cedo, pesquisar, agora já não dá mais”.
A seção de obras raras guarda relíquias como ‘Rimas Várias de Luis de Camões’, livro datado de 1689.No entanto, está alocada em um espaço sem temperatura adequada, onde se vê um velho e poeirento ar-condicionado. O setor de microfilmagem, que dispõe de apenas duas máquinas, também precisa ser modernizado.
Segundo os relatórios, a biblioteca registrou a visita de cerca de dez mil usuários no mês de maio, o que corresponde a quase 77 mil obras consultadas.Para Ruth, é um número muito abaixo do esperado, mas é também resultado de muito esforço diante da falta de recursos e de estrutura.
“A gente até fica meio triste. É uma imensidão de livros, e o público não usufrui, não desfruta disso como deveria. Tem gente que mora aqui no entorno e não conhece a biblioteca”, diz a gerente do espaço, com pesar. Na tentativa de reverter esse quadro, ela organiza atividades culturais, esquema de visitas monitoradas com as escolas e atividades lúdicas com agendamento.
“Tudo funciona como atrativo para trazer o público que está lá fora”, ela acredita. E aponta o que seria uma alternativa para a revitalização do espaço: “A criação de uma associação de amigos da biblioteca, com um grupo de pessoas que se unisse para angariar recursos em benefício do espaço, dando um suporte orçamentário. Mas precisamos da mobilização da sociedade civil”, desabafa.
O QUE DIZ A LEI
No último dia 25 de maio,entrou em vigência uma lei que determina que as instituições educacionais públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do Brasil deverão ter bibliotecas. As escolas terão um prazo máximo de dez anos para instalarem os acervos de livros,documentos e materiais videográficos.
A determinação prevê um acervo de livros na biblioteca de,no mínimo, um título para cada aluno matriculado, cabendo ao sistema de ensino ampliar este acervo,bem como divulgar orientações de guarda, preservação,organização e funcionamento das bibliotecas escolares. Em abril o Ministério da Cultura revelou que o Pará é o Estado com maior número de municípios sem bibliotecas: dos 143 municípios, 21 não possuem um local reservado para estudo e pesquisa.
Em Belém, só há duas bibliotecas públicas: a Biblioteca Arthur Vianna e a Biblioteca Municipal Avertano Rocha, na orla de Icoaraci.
ACERVO
A biblioteca Arthur Vianna possui cerca de 500 mil volumes e recebe de 9 a 10 mil pessoas por mês, que consultam cerca de 75 mil obras. (Diário do Pará em 14/06/2010)
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Marcadores: Belém, bibliotecas, Lei 12.244, Pará, Retratos do Brasil
terça-feira, 18 de maio de 2010
Reitor da USP esclarece alunos sobre biblioteca
O que está em jogo não é a nova localização das Bibliotecas dos Departamentos, nem o nome das salas, é muito mais do que isso. É a modernização da FD; a continuidade do projeto pedagógico e da grade curricular; a posição da FD na vanguarda do ensino jurídico brasileiro". A afirmação, em tom de desabafo, faz parte do ofício circular do reitor da Universidade São Paulo, João Grandino Rodas, distribuido à comunidade universitária de São Paulo, nesta segunda-feira (17/5).
No documento, o reitor, que foi diretor da Faculdade de Direito da USP de agosto de 2006 a janeiro de 2010, presta esclarecimentos sobre a polêmica formada em torno da transferência da biblioteca e da designação de salas de aulas da escola com nomes de ex-alunos. "A oposição aos conceitos acima se faz por vários pequenos grupos, cujo único ponto agora em comum é conseguir bandeiras para seus próprios objetivos".
Além de deixar claro que a contestação às medidas tomadas pela diretoria da Faculdade de Direito tem motivação política e corporativista, Grandino Rodas justifica o que está sendo feito na Faculdade do Largo São Francisco, do ponto de vista administrativo e técnico. Segundo ele, a os livros que estão sendo transferidos de lugar são a chamada Biblioteca dos Departamentos, enquanto o acervo histórico permanece no prédio antigo da Faculdade, onde sempre esteve.
"O que fazer agora para regularizar a questão das bibliotecas?", pergunta o reitor e ele mesmo responde: "Cabe à direção da FD decidir pela volta ou não do acervo para o prédio principal, sopesando o impacto futuro de tal decisão em termos de: segurança (inclusive a elétrica); de espaço para salas de aula; e, finalmente, de poder reabrir total e mais rapidamente a antiga Biblioteca dos Departamentos".
Quanto às novas salas de aula, elas receberam os nomes de dois ex-alunos ilustres — Pinheiro Neto e Pedro Conde — que fizeram doações para a sua reforma e seu devido aparelhamento. Segundo o reitor, é uma prática antiga na escola dar nomes às salas da faculdade, e as designações contestadas foram devidamente aprovadas pela Congregação de professores. "Há salas na Faculdade de Direito com nome de não professor – a Sala Visconde de São Leopoldo. Por outro lado, em nível de Universidade de São Paulo, inexiste proibição de se colocar nome de aluno ou de terceiros: A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, tem o nome do doador do respectivo terreno; há na Escola Politécnica, um prédio nominado Olavo Setubal, ex-aluno ilustre e doador", diz a nota do reitor
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Postado por crb8saopaulo às 08:57 1 comentários
Marcadores: bibliotecas, direito, usp