" Beto Silva -do Diário do Grande ABC
Organizar 50 mil documentos e colocá-los à disposição da sociedade para consulta. Essa é missão de José Carlos Alarça e Marcelo Ramos da Silva, responsáveis pela biblioteca da Câmara de São Bernardo. Da mesma forma que se empenham para ordenar os milhares de documentos, entre leis, decretos, resoluções, portarias e livros, pedem empenho da população em procurar mais os serviços por eles prestados.
A cobrança visa o desenvolvimento sociopolítico dos cidadãos. "O acesso à informação é parte da cidadania", ensina o bibliotecário Marcelo, 29 anos, há dois no Legislativo são-bernardense. "A história da cidade está em nossas mãos. Queremos compartilhar esse conteúdo", completa o assistente legislativo José Carlos, 57 anos, desde 1996 na Casa.
Cerca de 20 pessoas consultam os documentos mensalmente. Raramente comitivas de escolas ou de centros de terceira idade visitam o local. "Tinha de ser mais constante", vislumbra Marcelo.
As legislações mais procuradas são os códigos de postura - guarda-chuva de normas para colocação de caçambas, placas, ruídos, destinação de lixo, dentre outros temas - e o tributário. "São as leis 4.974/01, normatizada pelo decreto 13.500/01, e 1.802/69, respectivamente", aponta o bibliotecário, com os números dessas e de outras dezenas de leis na ponta da língua.
A Lei Orgânica Municipal é outra. "Consolidei informalmente a LOM. São 32 leis diferentes. Fica mais fácil para nossa consulta e dos visitantes", completa Marcelo, que junto com José Carlos também presta seus conhecimentos para assessores jurídicos da Câmara e funcionários dos 21 vereadores. "Também temos atuado para disponibilizar o material na internet. Aos poucos conseguiremos", diz o mais novo, otimista.
São Bernardo tem aproximadamente 6.200 leis. Somente nos nove meses de 2011, foram aprovadas 47 regras que regem a sociedade local. Entre os anos de 1947 e 1951, período de cinco anos pós-emancipação, foram criadas 140 leis. "Eram escritas manualmente, de próprio punho dos parlamentares", recorda José Carlos, com as primeiras normas em mãos. "O período mais dinâmico, de maior produção foi no biênio 1988 e 1989, quando as cidades tiveram de se adaptar à recém-implantada Constituição Federal", informa Marcelo.
O trabalho da dupla, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, rende boa conversa na sala de 150 metros quadrados do 2º andar do anexo I do Legislativo - prédio dos gabinetes. Política não pode faltar no diálogo, claro. "Cada um tem sua ideologia, mas nos respeitamos", considera Marcelo, comedido. "Espero que, em âmbito federal, os impostos possam ser reduzidos", opina José Carlos, sem dar pistas de sua predileção partidária.
Futebol também entra na pauta dos responsáveis pela biblioteca legislativa. E, curiosamente, o bate-papo tem sido acirrado nas últimas semanas. Carioca de São João do Meriti, Marcelo torce para o Vasco, líder do Campeonato Brasileiro. Paulista da vizinha São Caetano, José Carlos é torcedor do Corinthians, segundo colocado.
Mas a torcida dos dois é mesmo para que as toneladas de papéis que limpam, estudam e organizam diariamente contribuam para uma sociedade cada vez melhor."
Publicado originalmente http://www.dgabc.com.br/News/5918647/bibliotecarios-querem-a-presenca-do-povo.aspx
domingo, 9 de outubro de 2011
Bibliotecários querem a presença do povo
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quinta-feira, 26 de maio de 2011
Video sobre a profissão de bibliotecario
A TV Justiça realizou um documentário sobre a profissão de bibliotecário. Será veiculado na próxima segunda-feira, 30 de maio - no programa Espaço Documentário - Bibliotecários às 21h, na TV Justiça.
Mais informações no link abaixo
http://www.tvjustica.jus.br/programas.php?id_programas=139
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quinta-feira, 10 de março de 2011
Bibliotecários precisam de atualização para encarar as bibliotecas digitais
"Por Redação Pantanal News/Portal Educação
Estão crescendo cada vez mais as bibliotecas digitais no Brasil. Além da comodidade em achar uma obra por meio de um clique, o leitor não precisa se dirigir a uma biblioteca e ficar horas procurando por algum livro naquelas prateleiras empoeiradas.
Com esta novidade, quem também está mudando o perfil de trabalho são os bibliotecários e arquivistas, que agora precisam buscar formação especializada em preservação digital. “Chegou a hora dos bibliotecários procurarem formação continuada para atualização”, enfatiza a pedagoga e tutora do Portal Educação, Emileide Costa.
Há exemplos de bibliotecários que passaram boa parte de suas vidas trabalhando em bibliotecas, preenchendo fichas de livros à mão e localizando livros em prateleiras e que agora estão vendo a carreira sofrer uma drástica mudança.
Atualmente, o mercado de coleções on-line é cada vez mais amplo no país e só tende a crescer nos próximos anos. Cursos como o de extensão em bibliotecas digitais é uma ótima dica para se atualizar e aprender como funciona o trabalho na internet e é voltado para bibliotecários, arquivistas, profissionais da área de informação e museólogos."
Publicado originalmente http://www.pantanalnews.com.br/contents.php?CID=67367
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Acender o fósforo repetidas vezes
"Ignácio Loyola Brandão - O Estado de S.Paulo
Depois da colisão com Monteiro Lobato, veio a escorregadela do Enem. Esse ministério não aprende que errar uma vez é humano, errar duas é burrice. Vem também o ministro dizer que os critérios para avaliação internacional do ensino brasileiro, abaixo do da Cochinchina, estão errados e que temos um alto nível. De onde será que o ministério olha? Como avalia? O que salva o ensino brasileiro são atitudes isoladas que, felizmente, existem aos borbotões. Tenho andando, sentido e testemunhado. Como esquecer as professoras que fazem da Casa Meio Norte, em Teresinha, um exemplo esplendoroso (palavra boa, sonora) de como ensinar contra todas as adversidades?
Dia desses, estive em Santo André, convidado pela Luciana Tavares, bibliotecária da Escola 221 do Sesi. Foi uma alegria chegar e ser recebido com um tapete vermelho feito de papel pardo com tiras coloridas. Símbolo afetuoso que os alunos montaram atravessando todo o pátio até a biblioteca. Comoveu ver alunos do ensino médio com o meu romance Não Verás País Nenhum - que não é fácil de ler - nas mãos, porque o livro está sendo trabalhado ali. Algum tempo atrás, quem compareceu foi o Rubem Alves, um parceiro meu em viagens deste tipo. Falar do Brasil, da literatura, da educação, abrir cabeças, abrir mundos, iluminar caminhos. Em momentos assim, tanto Rubem como eu fazemos a mala, esquecemos cachês e trabalhamos por amor. Compensa, alegra.
Há por essa imensidão do Brasil, sim, há, centenas de professores e bibliotecários idealistas lutando para realizar alguma coisa contra currículos esquisitos, diretores obsoletos, normas mal formuladas, entraves burocráticos, kafkianos, incompreensões. Porém, eles vão em frente. Comovente ver os alunos da 221 interessados em literatura, apaixonados por um livro que, tendo sido escrito há 30 anos e sendo meu livro mais traduzido, acabou mostrando a realidade que chegou à nossa porta: o aquecimento global, a angústia da falta d"água, as cidades superpovoadas, a violência, os congestionamentos, as doenças indiagnosticáveis, a miséria. Os professores que estão estudando o Não Verás avançam nas propostas, fazem uma análise abrangente, o que se vê é a própria história do Brasil e as consequências de políticas obsoletas.
Quinze dias depois, eu estava em Sorocaba, diante dos alunos do Objetivo que, orientados pela professora Marisa Telo, tinham virado de cabeça para baixo o livro de contos Cadeiras Proibidas. Metáfora do tempo da ditadura que, mais do que nunca, vem sendo adotado e lido por jovens, dado seu tom fantástico, que excita a imaginação. Ora, em lugar de uma palestra, o que se viu? Um concurso de contos. A partir da inspiração do Cadeiras, que mostra como o absurdo não existe, a realidade é mais absurda que ele, os alunos escreveram 67 contos incríveis. Disse a eles que eu assinaria qualquer um deles. Foi feito um volume, Carteiras Proibidas, que será editado como livro normal. Farei o prefácio.
Faço esta crônica para meus leitores normais, mas principalmente para professores, para dar coragem e dizer: tentem, mudem, avancem, acreditem na fantasia e na imaginação dos jovens, incentivem, arranquem o que eles têm dentro pronto a explodir. Eliminar repreensões, barreiras, cerceamentos. Na sequência, em Sorocaba, os alunos me entrevistaram, perguntaram tudo, inclusive passando pela ridícula "proibição" de Monteiro Lobato e pela polêmica que se estabeleceu em torno de meu conto Obscenidades Para Uma Dona de Casa, que está na antologia Os Cem Melhores Contos do Brasil, organizada por Ítalo Moriconi. Disse - como já tinha dito em Santo André, onde o conto encontrou resistência em uma parcela de professores e pais - que é lamentável que mentalidades inquisitoriais ainda subsistam em pleno 2010. O homem já foi à Lua, corações são transplantados, a vida humana vem sendo prolongada, a longevidade é cada dia mais extensa, a pílula anticoncepcional já existe, camisinhas são vendidas na caixa do supermercado, o mundo é globalizado, a internet está aí, o celular, o iPhone, o iPad, o iPod, o twitter, e há gente parada no tempo do ponto de vista da moral. Por que ainda há palavras que incomodam, sendo palavras da linguagem coloquial? Por que muitos pais não dialogam com os filhos para saber o que se passa em matéria de sexualidade? Por que os pais não dialogam com professores e autores? Por que atitudes hipócritas de censura, esta que foi o braço direito da ditadura, a arma de qualquer sistema totalitário de esquerda ou direita?
Nesses momentos me lembro de Érico Veríssimo em Solo de Clarineta, suas memórias: "Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto."
É bom quando a literatura é dada com liberdade, espontaneidade, amor, sem preconceitos. Assim ela será recebida. É triste quando se faz da literatura, mesmo que poética, falando da solidão, do tédio e da angústia, algo feio, sujo, pecaminoso, condenação ao fogo do inferno. E os prazeres onde ficam? Ainda bem que existem Lucianas e Marisas no Brasil e existem aos montes. Uso sem medo o lugar-comum: por meio delas, homenageio todos os professores e bibliotecários deste País.
Publicado originalmente http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101119/not_imp642080,0.php
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quarta-feira, 28 de julho de 2010
CENSO PROFISSIONAL prorrogado
A data final do Censo Profissional dos Bibliotecários foi prorrogada para 30 de outubro de 2010. Não perca essa nova chance de atualizar seus dados e contribuir para o mapeamento de nossa profissão em nivel nacional. É muito importante sua participação. Não esqueça: 30/10/2010
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sexta-feira, 23 de julho de 2010
Centros para recuperar a memória corporativa criam oportunidades
Por Jacilio Saraiva
"Mercado de trabalho: Empresas investem na valorização de seu patrimônio cultural e contratam profissionais especializados em museologia, história, arquivologia e biblioteconomia.
Cada vez mais empresas têm se preocupado em criar centros de memória para guardar documentos, objetos, fotos e imagens que contam a história da organização. Assim, um novo mercado de trabalho começa a ganhar força, principalmente para profissionais das áreas de museologia, história, arquivologia e biblioteconomia. Os núcleos têm equipes enxutas e, no Brasil, pelo menos 15 corporações como Bunge, Unilever e Bosch mantém investimentos com essa finalidade.
Para Dalva Marques, diretora da Asap, consultoria que recruta executivos de média gerência, os profissionais que trabalham em centros de memória empresariais começam a ganhar maior visibilidade no mercado. "Mais organizações estão enxergando as iniciativas de valorização da história empresarial como parte de uma estratégia para mostrar valores culturais, sociais e históricos", analisa. "Os colaboradores se identificam e os acervos podem fazer parte de uma política de retenção de talentos. Ao mesmo tempo, é possível atrair pessoas alinhadas com essa cultura organizacional."
Os profissionais precisam ser capazes de atuar na gestão de informações e de ações internas como orientação a pesquisas, organização de visitas, exposições, palestras e até iniciativas de integração de novos funcionários. Segundo Lygia Rodrigues, diretora da Grifo Projetos Históricos, que desenvolve projetos para a Unilever e para o Metrô de São Paulo, as empresas que desenvolvem centros de informação histórica são, geralmente, de grande porte, têm mais de 30 anos de atividade e estão em um estágio avançado na área de responsabilidade social corporativa. Até o fim do ano, a Grifo espera fechar até três novos contratos de formação e manutenção de centros corporativos.
O Centro de Memória Bunge, de uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do país, reúne mais de 600 mil imagens, 1,3 mil caixas de documentos, 3 mil peças de filmes e 100 horas de depoimentos de funcionários. "O acervo conta a trajetória da indústria e do agronegócio brasileiros, com informações sobre arquitetura, design, marketing e propaganda, a partir da história da Bunge", explica Cláudia Calais, gerente de responsabilidade social da Fundação Bunge, que coordena a unidade. O investimento anual para a manutenção do centro é de cerca de R$ 700 mil.
Para dar conta do recado, Cláudia montou uma equipe de três profissionais: uma museóloga, que coordena o núcleo; uma documentalista, com especialização em historiografia e arquivologia; e uma analista de assuntos institucionais, com formação em comunicação social, planejamento e marketing. Além da gerência do material, o grupo organiza exposições, visitas e palestras. No ano passado, foram 11 visitas e 494 pedidos de pesquisas atendidos. Este ano, a Bunge organizou um encontro que reuniu 15 centros de memória de grandes grupos para discutir como
os equipamentos podem ser usados como ferramenta de gestão empresarial.
Estão previstos outros dois eventos em 2010.
Na Unilever, uma equipe de sete pessoas - a maioria historiadores com formação em arquivologia - trabalha no Centro de História Unilever, criado em 2001 com a ajuda de uma empresa especializada em projetos históricos. "Os funcionários realizam um trabalho permanente de pesquisa e levantamento de documentos para garantir o registro das principais iniciativas da empresa e de suas marcas", explica Agatha Faria, gerente de comunicação externa. Toda a documentação recebe um tratamento que vai desde a descrição em um banco de dados eletrônico até o acondicionamento de acordo com a origem dos itens.
São mais de 65 mil documentos entre anúncios impressos, comerciais de TV, peças promocionais, embalagens, fotografias, jingles, vídeos institucionais e depoimentos de profissionais.
Desde o ano passado, o centro da Unilever mantém um sistema integrado ao Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) da companhia, que direciona contatos feitos em busca de informações históricas. Em 2009, foram feitas mil consultas. "Os centros de memória têm um papel importante, pois contribuem para que as instituições preservem e compartilhem um legado de conhecimento com a sociedade."
Para Sandra Reis, coordenadora do Centro de Memória Bosch, do grupo Bosch, em Campinas (SP), o objetivo da empresa com a formação da unidade, em 2003, era resgatar e organizar seu patrimônio cultural. O centro faz parte do Instituto Robert Bosch, braço social da companhia no país. Emprega uma cientista social com especialização em arquivos e uma estagiária de história. "O trabalho foi pioneiro entre as regionais da Bosch fora da Alemanha", afirma.
O núcleo tem 2,5 mil peças de audiovisual, 50 mil imagens no acervo iconográfico, 1,5 mil plantas e cartazes e 52 depoimentos de colaboradores e ex-empregados.
A Bosch, que atua nos setores de tecnologia automotiva, industrial, de construção e bens de consumo, planeja ainda usar a unidade em atividades de integração de novos funcionários, treinamentos e encontros com fornecedores.
A Natura, Eletrobrás e a Algar Telecom (ex-CTBC) também já têm centros de memória próprios. Outras empresas estudam a criação de complexos do gênero. "Estamos avaliando o melhor formato e espaço", revela Maria Helena Monteiro, vice-presidente de relacionamento e administração da SulAmérica. A partir de 2007, a companhia começou a organizar seu acervo com a ajuda de uma bibliotecária. O conjunto reúne cerca de 100 pastas de fotos e documentos, que contém desde a primeira apólice emitida pela seguradora até relatórios anuais. A SulAmérica tem 114 anos de mercado.
É preciso ser comunicativo e ter experiência com arquivos Os profissionais que desejam concorrer a vagas em centros de memória corporativos precisam ter experiência no setor de arquivos e facilidade de comunicação para oferecer suporte às pesquisas e interagir com outras áreas da organização. Conhecer a empresa profundamente e o ramo de negócio onde ela se insere também pode ajudar os funcionários a se manterem no cargo.
Para Dalva Marques, diretora da Asap, especializada no recrutamento de executivos e consultoria de RH, é comum nessa área a existência de equipes multidisciplinares. Na opinião de Cláudia Calais, gerente de responsabilidade social da Fundação Bunge, noções de história e comunicação são fundamentais.
A gerente de comunicação externa da Unilever, Agatha Faria, ressalta que os funcionários dos centros precisam ser, antes de tudo, bons pesquisadores. "Além de reunir as informações, eles devem ser capazes de compreender o contexto de desenvolvimento da empresa e do mercado onde ela atua", afirma. De acordo com a historiadora Lygia Rodrigues, que presta serviços para centros de memória, há poucos cursos de graduação em arquivologia no Brasil. Exsitem opções no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e em Brasília.
Agatha afirma que o executivo deve ser comunicativo, pois o trabalho exige o relacionamento com diferentes áreas da empresa e o atendimento a consultas. "O coordenador do centro precisa ter experiência no gerenciamento de equipes e criatividade para captar as melhores formas de divulgar o material colhido. Saber atuar em sintonia com as estratégias de comunicação institucional também é importante." Para Sandra Reis, coordenadora do Centro de Memória Bosch, é necessário montar exposições temáticas e dar suporte à produção de materiais de comunicação da empresa.
"Um bibliotecário pode direcionar a maneira correta de catalogar e arquivar documentos para facilitar o acesso no futuro", diz Helena Monteiro, vice-presidente de relacionamento e administração da SulAmérica, que já começou a organizar a "memorabilia" da corporação. "A profissional responsável trabalhava na companhia e conhecia o segmento de seguros, o que ajudou na compilação dos materiais." (JS)
Publicado originalmente no Jornal Valor Economico de 23/07/2010
Material enviado por Wellington Ferreira Rodrigues
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quarta-feira, 21 de julho de 2010
Pesquisador, o bibliotecário é seu melhor amigo
Dia 20 de Julho é o dia do amigo. Comemorando a data, vale a pena lembrar daquele que é o melhor amigo de todos os que procuram conhecimento e informações, o Bibliotecário.
Portanto, dê parabéns ao seu melhor amigo, ao seu parceiro pelas trilhas da leitura, dos livros e das bibliotecas.
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terça-feira, 6 de julho de 2010
Do gabinete do avô à biblioteca
Colegas que tiverem material proprio ou alheio sobre figuras inesquecíveis do nosso meio, construtores do nosso saber e formadores de nossa profissão, enviem para cá. Vamos organizar e registrar a memória da Biblioteconomia Paulista.
Fica aqui o desafio e o mote dado pela bela reflexão da colega Sandra Martins da Rosa, sobre a vocação de bibliotecário.
Apreciem.
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segunda-feira, 5 de julho de 2010
As bibliotecas e os bibliotecários são espécies ameaçadas: o que você pode fazer para ajudar.
"Em abril minha mãe me ligou para dizer que um movimento de corte de custos ameaçava fechar a biblioteca local da minha cidade natal. O conselho da cidade de Cedar Grove, New Jersey achava necessário cortar o orçamento em US $ 600.000, e demitir os funcionários da biblioteca municipal era a maneira mais fácil.
In April my mother called to say a cost-cutting move threatened to close my hometown's local library. The town council of Cedar Grove, New Jersey needed to trim the budget by $600,000, and by eliminating library funding council members thought they saw an easy cut. There were no unions to deal with, and the library line item in the budget of $490,000 for the remainder of 2010 was large enough that it could wipe out a huge chunk of the budget deficit. As one councilman noted, the surrounding towns had libraries; people could use those.
Leia mais
Fonte: http://www.huffingtonpost.com
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sábado, 19 de junho de 2010
Alunos de escola pública participam do projeto Eratóstenes
"Há 2.300 anos, na distante cidade de Alexandria, norte da Africa, viveu um filósofo grego chamado Eratóstenes. Dentre as muitas contribuições do filósofo para a humanidade o que mais chamou a atenção foi ele ser o responsável pela primeira teoria de que o nosso planeta é uma esfera, e não um plano, como todos imaginavam à época em que viveu.
Ao contrario de Galileu, Erastótenes não foi condenado por toda a sociedade e tratado como louco. O método usado por ele para chegar à conclusão é, até hoje, citado como exemplo de como uma simples observação de fenômenos do dia a dia podem ser usados para descobrir fatos importantes para a ciência, e ao mesmo tempo, torna-se um raciocínio bastante simples e altamente genial.
Por meio de um pergaminho recebido pelo filósofo, que também foi um dos primeiros bibliotecários que se tem conhecimento, que cuidava da biblioteca de Alexandria, percebeu escrito no documento, que em um determinado dia do ano (21 de junho) na cidade de Syene, exatamente ao meio dia, o sol refletia por completo em um profundo poço, sem fazer qualquer sombra. após um ano resolveu fazer uma experiência em Alexandria. Fincou um poste no chão e esperou que no dia 21 de junho exatamente ao meio dia tivesse o mesmo resultado qeu na cidade de Syene. Um curioso fato aconteceu: o poste fez sombra, o que levou o matemático a supor que tal fato só poderia ocorrer se o terra fosse não fosse um plano como todos imaginavam. Sabendo a distância entra as cidades, e os ângulo obtido pela sombra do sol no poste, Eratóstenes chegou a um cálculo de aproximadamente 40 mil quilometros. o que seria, no seu entendimento, a circunferência da Terra.
Com base na história do Filósofo, o Departamento de Física da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais da Universidade de Buenos Aires criou o projeto Eratóstenes, onde duas escolas em pontos distintos refazem a experiencia do grego, no Brasil, o Projeto Eratóstenes é divulgado pela OBA e vinculado ao Programa Casa da Ciência, da UFMS.
Uma das escolas que vai participar do projeto em Mato Grosso do Sul é a Escola Estadual Dona Consuelo Muller. Segundo o professor de física e responsável pelo projeto na escola, Suintila Valiños Pedreira, a escola foi convidada para participar pela universidade argentina e já tem um parceiro para fazer as medidas. "É como se uma escola fosse o ponto de Alexandria e a outra a cidade de Syene. Com os valores repassados podemos refazer os mesmos calculos que Erastótenes fez", explica Suintila.
A medição na escola começará as 11h30 e será feita a cada 10 minutos até as 12h30. a Escola Estadual Dona Consuelo Muller fica na rua Equador, 70 na vila Jacy, em Campo Grande.
Para mais informações o professor Suintila disponibiliza em seu blog (www.seraoextra.blogspot.com), vídeos explicativos de como é feita a medição. Contatos: Professor Suintila: (67) 9255-8087
Cultura,pura
Rodrigo Ostemberg - DRT/MS 623"
Publicado originalmente em: http://www.jornaldiadia.com.br/jdd/atletismo-e-esporte/36122-alunos-de-escola-publica-participam-do-projeto-eratostenes
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quinta-feira, 10 de junho de 2010
Bibliotecas: desafio é formar 200 mil profissionais
"Muitos acham que o serviço de bibliotecária é apenas receber e guardar livros...
Patrícia Sonsin
Com a Lei 12.244/10, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24 de maio de 2010, que determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país, incluindo públicas e privadas, o Brasil terá um desafio nos próximos 10 anos, formar 200 mil profissionais da área de biblioteconomia.
No Brasil, são contabilizados 42 cursos superiores de biblioteconomia, documentação, ciência da informação ou gestão de unidades de informação/gestão da informação, que são oferecidos em 21 estados e no Distrito Federal. Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins não possuem curso de biblioteconomia. No Paraná, a UEL (Universidade Estadual de Londrina), por meio do Departamento de Ciências da Informação, oferece o curso de biblioteconomia e a UFPR (Universidade Federal do Paraná), por meio do Setor de Ciências Sociais Aplicadas, oferece o curso de gestão da informação.
A lei determina que estados, municípios – que são responsáveis pelas escolas públicas da educação básica –, as 17 universidades federais – que têm colégios de aplicação – e as entidades mantenedoras das escolas privadas têm prazo de dez anos para implantar bibliotecas. De acordo com o MEC (Ministério da Educação), dados do Censo Escolar 2009 revelam que a maioria das escolas públicas da educação básica, e parte dos estabelecimentos privados, não tem bibliotecas. Das 152.251 escolas de ensino fundamental, 52.355 tem bibliotecas e 99,8 mil não têm; no ensino médio, das 25.923 escolas, 18.751 tem biblioteca e 7,1 mil não têm.
O diretor de políticas de formação, materiais didáticos e tecnologias da SEB (Secretaria de Educação Básica) do MEC, Marcelo Soares, destaca dois fatores da lei que favorecem a tomada de providências de prefeitos e governadores: o primeiro é que a lei contempla a diversidade da realidade escolar brasileira ao definir a exigência mínima de um livro por estudante para que a escola inicie sua biblioteca. O segundo é o prazo de dez anos para a efetivação, que é o ano de 2020.
Sobre a realidade das escolas públicas urbanas e rurais, Marcelo cita dois exemplos que mostram as diferenças e o tipo de tratamento que devem receber. Uma escola rural, multisseriada, com duas turmas de 18 a 30 alunos, por exemplo, tem geralmente uma sala de aula e outra sala para uso da direção, dos professores e do serviço de secretaria.
Faculdades
Em Cascavel, as faculdades particulares e a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste) possuem em suas bibliotecas profissionais formados em biblioteconomia, além da Biblioteca Pública Municipal, conforme exigência da lei. Na FAG (Faculdade Assis Gurgacz), segundo o gerente da biblioteca, Eduardo Madureira, a bibliotecária responsável é Hebe Negrão. O espaço conta com 65 mil exemplares, uma média de dez livros por aluno matriculado na instituição. Na Unipar (Universidade Paranaense), a profissional formada na área é Dirce Lucia Mestriner. Na Unioeste é Jeanine da Silva Barros. Na Univel (Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Cascavel) é Tatiana Demichei.
Formada em 1967 pela UFPR, Hebe Negrão de Jimenez é a bibliotecária da Biblioteca Pública Municipal, que comemora a lei aprovada em maio pelo presidente. “É muito importante ter um profissional formado em todas as bibliotecas”.
Hebe lamenta o fato de a profissão ser pouco reconhecida, já que muitos acham que o serviço de bibliotecária é apenas receber e guardar livros. “Entre as funções da profissão estão classificar, catalogar, organizar e administrar a biblioteca”. Ela cita ainda que a maior dificuldade deste trabalho está relacionado a aquisição de acervo nas bibliotecas públicas escolares e outros acervos. “Para executar este trabalho, é preciso ter conhecimento técnico, não é simplesmente pegar o livro na prateleira e emprestar”, destaca Hebe.
De acordo com a presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Educação Infantil e de Ensino Fundamental, Ieda Cândido dos Santos, em Cascavel são mais de 60 escolas particulares, e como não havia exigência de profissional formado em biblioteconomia e nem que o estabelecimento de ensino possuísse uma biblioteca, não existem dados sobre o assunto. Ieda acredita que as escolas maiores tenham biblioteca e que na medida em que a lei existe, as escolas irão se adequar. Dentre as escolas particulares que possuem um biblioteconomista está o Colégio Marista. As escolas do Estado e do município de Cascavel, conforme informações repassadas pelos órgãos, não possuem biblioteconomistas formados, os profissionais que atuam na área recebem treinamento específico para desempenhar a função.
Curso
Para suprir parte da demanda de novos profissionais para esta área, mais um curso será aberto no Paraná. A Univel (Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Cascavel) promove no dia 19 de junho, o primeiro vestibular para o curso de biblioteconomia. O curso tem duração de quatro anos e foram aprovadas para a instituição 120 vagas. As aulas terão início no dia 19 de julho e ocorrerão no período noturno, caso haja demanda serão realizadas também pela manhã. A carga horária é de 2.749 horas. A mensalidade, segundo o diretor de desenvolvimento da Univel, Nilton Nicolau Freire, é de R$ 339. “O país precisa formar, nos próximos 10 anos, 200 mil bibliotecários e as faculdades existentes vão conseguir suprir esta demanda. A Univel criou este curso porque já tinha a visão desta necessidade”, destacou Nilton.
O curso de biblioteconomia tem por objetivo formar profissionais para auxiliar diretamente ou indiretamente os usuários potenciais e reais da formação socioculturaleconômica. O profissional formado em biblioteconomia pode atuar em órgãos públicos, empresas privadas, bibliotecas em todos os níveis de ensino, arquivos, museus, centos de documentação, editoras, livrarias, jornais e web site.
A funcionária pública, Silvia Prado, é formada em letras, mas acalenta há cerca de 10 anos o sonho de cursar biblioteconomia. O gosto pela área se iniciou quando fazia o curso de magistério e começou a trabalhar em um colégio como auxiliar de biblioteca da instituição. “Foi ali que comecei a gostar da profissão e a entender a importância do bibliotecário em uma biblioteca e também a sonhar com o curso, como não tinha aqui, não tive condições de fazer em outro lugar”, conta. “A intenção com o curso é ampliar conhecimentos e aplicar no trabalho que realizo no MIS (Museu da Imagem e do Som), além de prestar concursos federais”, acrescenta."
Publicado em CGN Noticias 10 de Junho de 2010, às 7h41min
http://www.cgn.inf.br/?system=news&action=read&id=69134
Postado por crb8saopaulo às 05:33 0 comentários
Marcadores: bibliotecário, bibliotecas escolares, Lei 12.244
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Projeto para cargo de bibliotecário em Aracaju
ANA LÚCIA QUER CARGO PARA BIBLIOTECÁRIO
"Escrito por Adriana Sangalli
Para a deputada, esta é mais uma oportunidade para o aluno entrar no mundo do conhecimento. Deputada Ana Lucia diz que atuação de bibliotecários pode melhorar o aprendizado dos estudantes.
A Assembléia Legislativa de Sergipe aprovou e encaminhou ao governador Marcelo Déda, Indicação (nº 72/2010) de autoria da deputada estadual Ana Lucia (PT), que solicita a criação de cargos para bibliotecário no Sistema de Ensino Público do Estado e realize concurso público para o preenchimento dos mesmos.
De acordo com a parlamentar, o objetivo é atender a demanda de recursos humanos especializados para atuar nas bibliotecas das Instituições de Ensino Público do Estado, setor de existência obrigatória nas referidas instituições por conta da Lei Federal 12.244 de Maio de 2010, que obriga a todas as Instituições de Ensino, públicas ou privadas, a conterem bibliotecas.
“A lei exige ainda que o Estado tome as medidas que se fizerem necessárias para estruturar tanto aquelas bibliotecas que irão ser criadas como as já existentes”, ressalta Ana Lucia.
A deputada Ana Lucia lembra que um recente levantamento do Instituto Nacional de Estudos - INEP - para o ano de 2008, demonstra que 37% das 200 mil escolas de Educação Básica no país não possuem biblioteca.
Conforme ela, outro ponto que justifica a propositura são os índices fornecidos pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB - que, analisando os dados obtidos com a aplicação de provas para os alunos e questionários para os professores e diretores em 1997, concluiu que os alunos estudantes de escolas equipadas com bibliotecas, alcançam maiores rendimentos.
“A lugar algum o povo sergipano chegará como Estado e como cidadãos, sem conhecimentos, que se fundamentam, ampliam e renovam, pela informação. Cabe a nós, políticos eleitos que representam o povo, juntamente com nossos co-cidadãos, a obrigação, a responsabilidade de criar uma biblioteca em cada escola, com estrutura mínima para atender ao seu fim, e em todos os cantões geográficos sergipanos, criando para cada aluno a oportunidade de entrar no mundo do conhecimento, de se maravilhar, de se tornar, encontrando caminhos novos e mais ousados, como cidadãos informados, lúcidos e atuantes”, frisa a deputada Ana Lucia."
Publicado em Plenário, Aracaju, Sergipe
http://www.faxaju.com.br/viz_conteudo.asp?codigo=962010557138122
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segunda-feira, 7 de junho de 2010
Brasil vai precisar de pelo menos 178 mil bibliotecários até 2020
Saiu no Guia do Estudante:
" Atualmente, país só tem 21,6 mil formados em Biblioteconomia. Por lei, é preciso ter diploma para trabalhar na área
Além de ter de construir 25 bibliotecas por dia, o Brasil terá de, pelo menos, formar oito vezes mais bibliotecários até 2020. Lei aprovada no fim de maio determina que toda escola precisará de um acervo administrado por especialista.
Segundo o movimento Todos pela Educação, hoje existem 21,6 mil profissionais habilitados e 200 mil escolas de educação básica. Uma conta simples mostra um abismo de, pelo menos, 178,4 mil bibliotecários.
Mas o número pode ser muito maior: poderá ser necessário haver mais de um bibliotecário por escola, e nem todo bibliotecário já habilitado trabalha em escolas.
"Os sistemas de ensino do País deverão desenvolver esforços progressivos para que a universalização das bibliotecas escolares, nos termos previstos nesta Lei, seja efetivada num prazo máximo de dez anos, respeitada a profissão de Bibliotecário", diz a lei aprovada por Lula.
Duas leis federais determinam que só formados em Biblioteconomia podem trabalhar como bibliotecários. Os cursos de Biblitoeconomia duram, em geral, 4 anos e são oferecidos pelas grandes universidades públicas do país."
http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular/noticias/brasil-vai-precisar-pelo-menos-178-mil-bibliotecarios-2020-566130.shtml
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sexta-feira, 28 de maio de 2010
As bibliotecas devem apostar nas pessoas
A biblioteca do futuro para sobreviver à concorrência com a Internet e profissionais de mídia online, deverá ser essencialmente um lugar de encontro e de trocas, avaliaram na reunião de hoje, os profissionais da área reunidos em congresso em Viena. "Uma biblioteca não são livros, são as pessoas que a animam” disse Eppo van tot Nispen Sevenaer, que dirige a biblioteca pública de Delft (Holanda), citada freqüentemente como um modelo no seu genero .
Les bibliothèques misent sur l'humain
AFP
27/05/2010 | Mise à jour : 18:57 Réaction (3)
La bibliothèque du futur devra être avant tout un lieu de rencontre et d'échanges pour survivre face à la concurrence d'internet et des supports en ligne, ont estimé aujourd'hui des professionnels du milieu réunis en congrès à Vienne. "Une bibliothèque, ce n'est pas les livres, ce sont les personnes" qui l'animent, a déclaré Eppo van Nispen tot Sevenaer, qui dirige la bibliothèque municipale de Delft (Pays-Bas), souvent citée comme un modèle du genre.
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quinta-feira, 20 de maio de 2010
O BIBLIOTECÁRIO E A MEDIAÇÃO
À luz dos dados trazidos pelo Censo das Bibliotecas Públicas Municipais, vale a pena resgatar o artigo do professor Ezequiel Theodoro da Silva " O bibliotecário e a mediação" publicado pelo site do CRB8 no começo de 2010.
O BIBLIOTECÁRIO E A MEDIAÇÃO
"Talvez nenhum lugar em qualquer comunidade seja tão amplamente democrático como a biblioteca pública. A única exigência para entrar é o interesse!" - Lady Bird Johnson
Por várias vezes, em diferentes lugares do Brasil e do exterior, afirmei que uma revolução qualitativa da leitura brasileira tem de contemplar, necessariamente, questões relacionadas com a existência de uma rede articulada de bibliotecas e pela ampliação pedagógica do trabalho dos bibliotecários.
Neste texto, retomo, reitero e amplifico esse posicionamento mesmo porque os governos continuamente cometem verdadeiros crimes para escamotear as necessidades de trabalho científico, tecnológico e técnico no âmbito da organização e disponibilização de acervos de leitura para as múltiplas comunidades existentes nas regiões brasileiras.
As duas pesquisas nacionais sobre hábitos de leitura do povo brasileiro, publicadas com o nome "Retratos da Leitura" (ver http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/texto.asp?id=48 ), mostram que 34% da população nunca foi a uma biblioteca; nas classes D e E, esse percentual sobe para 49%. Esses indicadores mostram a imensa distância que existe entre a casa do cidadão e os espaços formais onde se tem acesso à cultura escrita.
Inexistentes ou anacrônicas
Tais "retratos", em verdade, apenas fazem redundar o óbvio no que se refere às bibliotecas: ou elas inexistem ou estão paradas no tempo ou ficaram apenas nas intenções, sem nunca terem sido organizadas e postas a funcionar condignamente. Em que pesem os cursos de biblioteconomia e de ciências da informação, a mostrar, de forma escancarada, que existe profissional graduado e habilitado para atuar na sociedade, a atitude das autoridades tem sido a de fuga ou de esquiva da responsabilidade, deixando que as comunidades "se virem" no que se refere aos suportes profissionais que facilitem a convivência com livros e outros veículos da escrita.
Recentemente, telefonou-me uma repórter de um jornal curitibano para perguntar o que eu achava de uma experiência de formação de uma biblioteca comunitária. Contou-me ela que os catadores de lixo da cidade tinham "catado" livros e revistas e fundado uma biblioteca para o segmento de catadores de lixo. Louvei a iniciativa, informei que os livros poderiam expandir os horizontes de mundo dos catadores de lixo etc., etc., mas, quando disse que era o governo que deveria organizar e manter as bibliotecas, a repórter entrou em parafuso, achando que não dera a devida importância à iniciativa grandiosa daquela comunidade.
Essa experiência com a "biblioteca catada" não é muito diferente de outras que conheço pelo Brasil, como borracharia-biblioteca, baú-biblioteca, peixaria-biblioteca, boteco-biblioteca, jumento-biblioteca etc., enaltecidas e espetacularizadas pela mídia como soluções absolutas para o problema da nossa vergonhosa situação nessa área. Numa análise mais fria e crítica e sem querer de maneira nenhuma desmerecer as iniciativas do borracheiro, do peixeiro e/ou do dono do jumento, o que vemos, de maneira reiterada, é a escamoteação dos governos, no passar dos anos, com aquilo que é mais do que claro, cristalino e evidente: que sem bibliotecas na real acepção da palavra e sem gente especializada, formada em biblioteconomia, para dinamizá-las profissionalmente, continuaremos incentivando os arremedos e, pior, curvando-nos à fuga de responsabilidade pelas esferas governamentais.
"Melhor isto do que nada", dirão as más línguas. E talvez a minha própria língua já tenha dito isto à luz das possibilidades libertárias dos processos de leitura em si: o fenômeno de que a leitura autônoma pode levar à emancipação das pessoas e gerar a consciência das necessidades. Esse processo pode ser mais bem conhecido através da leitura do livro O queijo e os vermes - o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido, de Carlo Ginzburg (Companhia das Letras, 1987). Entretanto, o crescimento do número de livros desses acervos comunitários, a diversificação dos suportes da leitura, a organização, preservação e recuperação das obras, a sofisticação dos serviços de apoio aos usuários, a seleção de livros de interesse da comunidade em seus segmentos (infantil, adulto, 3ª idade,etc.) impõem, necessariamente, a presença de serviços especializados para fazê-los. E daí a esperança de que o profissional bibliotecário possa ser envolvido para cuidar dessas tarefas e encaminhar os trabalhos de maneira objetiva e embasada nos saberes sistematizados, oriundos da área de biblioteconomia.
Os estereótipos em torno da figura do bibliotecário são também escaramuças para se esquivar da responsabilidade de sua contratação para trabalhos em diferentes tipos de bibliotecas, principalmente as escolares e as comunitárias. De fato, ao longo da nossa história e sendo muito fortalecida após a década de 1960, foi construída a imagem do bibliotecário como um trabalhador insensível, normatizado e normativista, catalogador de livros, controlador do silêncio dos espaços, estafeta dos castigos escolares, que em muito contribuíram para a sua "dispensa" no momento de constituição e de desenvolvimento das bibliotecas.
A briga de Darcy Ribeiro
Recordo-me, por exemplo, das grandes escaramuças entre Darcy Ribeiro, trabalhando para o governo Brizola no Rio de Janeiro (1983-1987), e a classe dos bibliotecários, com aquele afirmando que estes nada tinham a contribuir com a educação pública e com os CIEPs então estruturados. Tal estereótipo, infelizmente, ainda está muito presente no imaginário de muitas autoridades brasileiras, mas convém perguntar a quem esse estereótipo está servindo realmente... No meu ponto de vista, ele também serve à política de esquiva que vem sendo adotada pelos governos em relação à implantação de bibliotecas municipais, escolares e comunitárias neste país. Quer dizer, em se tratando de bibliotecas, sempre se dá um jeitinho e dentro desse jeitinho o bibliotecário nunca está incluído!
Para não colocar o bibliotecário como "vítima" de uma história meio ao contrário, acredito ser também importante uma visada crítica para dentro dos cursos de biblioteconomia ou de ciências de informação, oferecidos por diferentes instituições de ensino superior. Com o fim das habilitações, são raros os cursos que desenvolvem uma base adequada de conhecimentos e práticas para atuação que não seja em centros de informações e/ou empresas. A realidade escolar e as realidades comunitárias não são refletidas e discutidas ou então são tangencialmente tratadas, fechando o círculo vicioso de que o governo não contrata bibliotecários para as escolas e comunidades e, portanto, não existe por que tratá-las durante o período de formação básica. Daí que, quando da necessidade de profissionais para trabalhar nas bibliotecas escolares, ajeita-se, às carreiras, uma oficina rápida para que professores ou membros de uma comunidade recebam dois pingos de biblioteconomia para "tomar conta da biblioteca".
Em recente visita que fiz a minha cidade natal, cruzei com a filha de um amigo que, sei, possui tão somente o diploma do ensino fundamental. Portanto, sem ensino médio e muito menos o superior. Depois dos apertos de mãos e dos abraços, perguntei o que ela vinha fazendo. Ela me disse que era a responsável pela biblioteca da faculdade local e me pedia, naquele instante, que eu enviasse os meus últimos livros porque os professores e alunos tinham muito interesse nos meus escritos.
Um navio à deriva
Ora, sem querer desmerecer a escolaridade dessa conhecida e sua dedicação à biblioteca, fiquei perguntando se uma biblioteca de ensino superior poderia ser responsavelmente organizada e dinamizada por uma pessoa tão jovem e com formação leiga ou muito precária. Vê-se, aqui, mais um episódio desta comédia tragicômica chamada "biblioteca brasileira". Sei, também, por exemplo, que falar para muitos prefeitos sobre a necessidade de contratação de bibliotecário é estar disposto a ouvir impropérios de volta.
Finalizando esta reflexão, creio que a melhor imagem da problemática das bibliotecas no Brasil seja a do filme E la nave va, de Federico Fellini. De fato, igual ao infindável problema da leitura no país, "haja paciência" para tanta contradição, para tanto descaso, para tanto cinismo. Se considerarmos uma biblioteca como um lugar para o qual constantemente nos dirigimos a fim de incrementar a nossa humanidade, então cabe indagar se a falta de humanidade em solo nacional, reiterada pela mídia todos os dias, não tem uma relação com a ausência e falta de bibliotecas em solo brasileiro.
Ezequiel Theodoro da Silva
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